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Não é verdade que o BNDES atende apenas algumas empresas favoritas, diz Coutinho

11:40 | 27/08/2015
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, mostrou na manhã desta quinta-feira dados do apoio do banco de fomento para pequenas e médias empresas, detalhando que a instituição tem contratos com 804 das mil maiores companhias que atuam no País. "Não é verdade que o BNDES atende apenas algumas empresas favoritas. O banco é uma instituição aberta", completou, em depoimento à CPI do BNDES na Câmara dos Deputados.

Participando na condição de convidado da CPI, Coutinho disse que a qualidade da carteira de crédito do banco de fomento garante a mais baixa inadimplência dentre as instituições do Sistema Financeiro Nacional. "O BNDES é uma instituição rentável, com inadimplência baixa e que opera com spreads reduzidos", comentou. "Por carteira de crédito, o BNDES seria o terceiro banco de fomento do mundo. E temos lucratividade e inadimplência comparadas com outras instituições semelhantes, como os bancos de fomento chinês e alemão."

O presidente do BNDES mostrou simulações que mostram que o custo do Tesouro Nacional com as operações do banco seria de R$ 180 bilhões nos próximos 40 anos. Mas, segundo ele, considerando o retorno em impostos e dividendos pagos pela instituição no período, essa conta cai para R$ 44 bilhões. "E considerando os investimentos fomentados pelo banco, teríamos contribuição positiva, e não negativa. Se a Selic se reduzir, e é desejável que ela se reduza, a contribuição positiva do banco é ainda maior."

Coutinho disse ainda que o banco de fomento não está exposto à situação das empreiteiras afetadas pela Operação Lava Jato. Segundo ele, o crédito da instituição é dado aos consórcios que constroem projetos de infraestrutura, não individualmente às companhias. "O BNDES não tem exposição a empreiteiras, mas a projetos. No há crédito à empreiteira A, B ou C desvinculado a projetos de infraestrutura", afirmou.

Questionado pelos parlamentares sobre uma conversa do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Salles de Alencar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre um seminário organizado pelo BNDES, Coutinho respondeu apenas que o teor da degravação divulgada mostra uma conversa normal sobre o evento.

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