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Mangabeira defende que PMDB apoie o governo, mas tenha candidatura própria

15:20 | 26/08/2015
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, afirmou nesta quarta-feira, 26, que defende que o PMDB apoie o governo, mas tenha candidatura própria à presidência da República eventualmente. Com perfil técnico, o filósofo e professor da Universidade Harvard é tido como parte da cota de indicações pessoais da presidente, apesar de ter sido um dos fundadores do PMDB.

"Eu defendo que o PMDB apoie governo, mas dentro do governo proponha uma alternativa produtivista e capacitadora. No futuro, é natural que o partido queira afirmar sua proposta ao País por meio de um projeto político próprio. Não é sadio ao País que o maior partido político não tenha um projeto de poder", afirmou.

Questionado sobre as dificuldades na relação do partido com o governo, ele disse que esses embates agravam os problemas econômicos no curto prazo, mas que o Brasil tem "uma democracia cheia de vida", sem a qual não seria possível "organizar um debate nacional a respeito das alternativas ao modelo econômico".

Sobre a mudança do modelo econômico, o ministro comentou que as recentes turbulências na China aumentam as dificuldades do Brasil, mas isso também acaba fomentando o debate sobre novas alternativas para a economia brasileira. "É justamente por haver crise que há alternativas. A China também está sob o imperativo de mudar o rumo de desenvolvimento, mas é um problema diferente do nosso. Exige redistribuição entre setores, classes e regiões, e é muito difícil fazer isso sem democracia e sem debate nacional".

Sobre a possível extinção do seu ministério, que segundo fontes estaria entre as dez pastas que o governo pretende cortar, Mangabeira disse que nunca conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre o assunto. "Reorganização do governo é prerrogativa exclusiva da presidente. Nunca conversei com ela sobre isso. O que eu tenho certeza é que continuarei o esforço de ajudar a construir uma alternativa para o Brasil. Por quais meios, caminhos, instrumentos, isso as circunstâncias dirão", comentou.

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