Kroll diz que não presta serviços para a CPI da Petrobras desde junho
O presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), anunciou ontem que vai compartilhar com os demais membros da comissão os nomes dos investigados pela Kroll na primeira fase dos trabalhos. Até o momento, a identificação dos rastreados estava sob sigilo e era de conhecimento exclusivo de Motta e do sub-relator André Moura (PSC-SE). A alegação era que o sigilo era necessário para o andamento da investigação. Agora, o peemedebista diz que a divulgação dos investigados não traz prejuízos à apuração e que desde a contratação da consultoria, em abril deste ano, quis compartilhar as informações com outros deputados. "Eles que não quiseram", alegou.
O primeiro contrato com a CPI previa a investigação de 15 pessoas. A consultoria levantou informações sobre 12 nomes, mas a cúpula da CPI pretendia restringir as apurações em três investigados, entre elas o delator Júlio Camargo. Com a divulgação de que a comissão estaria escolhendo a quem investigar, Motta anunciou que decidirá com os colegas quantos serão rastreados e quem será o foco na próxima fase.
A comissão está prestes a fechar um novo contrato de busca patrimonial internacional com a empresa de consultoria, mas ainda negocia o valor da prestação de serviço. Embora tenha trabalhado até junho, a Kroll diz que conduziu as buscas com base nas informações fornecidas pela comissão, que o trabalho foi delimitado em tarefas, mas que não pode comentar os serviços prestados à CPI .
"A realização do trabalho seguiu os mais altos padrões de conduta profissional, consistentes com as aplicáveis leis brasileiras e internacionais, e de maneira nenhuma representou qualquer conflito ou obstáculo em relação aos importantes trabalhos realizados pelas autoridades públicas brasileiras", destaca a Kroll.