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Em palestra sobre ética, Bolsonaro ironiza sofrer processo proposto por Jean Wyllys

O deputado fez referência também a ser acusado de misoginia e cita o jogador de futebol Neymar

20:15 | 14/08/2015
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O deputado federal Jair Bolsonaro ministra palestra, na noite desta sexta-feira, 14, sobre “Ética na Política” na sede da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). Em um dos momento de seu discurso, ele ironizou a possibilidade de sofrer um processo proposto pelo deputado federal Jean Willys (Psol), com que já protagonizou polêmicas.

Bolsonaro ressaltava que havia sido o único deputado do PP a não ser denunciado por receber proprina. “É lógica. Estou lá dentro e não tenho como denunciar se eu não tenho provas. Se fosse denunciado por qualquer coisa correria o risco de ser cassado por homofobia. Está na moda ser cassado por homofobia”, disse o deputado, arrancando risos da plateia. Ele completou: “Já pensou ser cassado por uma ação proposta por Jean Willys? É o fim da picada!”.

Wyllys é parlamentar atuante nas causas dos direitos humanos e contra discriminação sexual. Bolsonaro é conhecido por suas posições contrárias aos direitos dos homossexuais e está no extremo oposto político de seu colega Jean Wyllys. Não há registros de deputados cassados por caso de homofobia, como citou o deputado.
[SAIBAMAIS 3]
Em abril, Bolsonaro afirmou ter sido vítima de “discriminação” após Jean Wyllys se recusar a sentar ao lado dele durante voo. Ele disse ter sofrido “heterofobia”. À época, em entrevista, Wyllys elencou episódios de violência e preconceito praticados por Bolsonaro. “É o mesmo que esperar que um judeu sente ao lado de um nazista que participou da empresa de extermínio de judeus. É o mesmo que esperar que um negro sente ao lado de um racista contumaz que ataca a comunidade negra”, disse o deputado.

Misoginia
Na palestra aos diretores do Centro Industrial do Ceará (CIC), Bolsonaro ressaltou questionamento feito por repórter do O POVO sobre ter sido acusado de misoginia. “Na primeira vez que fui acusado, fui ao dicionário porque eu não sabia o que era. Misoginia é não gostar de mulher, então você está acabando de dizer que eu sou gay”, acrescentou Bolsonaro, novamente levando a plateia ao riso.

O deputado falou ainda sobre seu projeto de visitar diversas cidades do Brasil. Apontado como pré-candidato à sucessão de Dilma Rousseff (PT) em 2018, Bolsonaro afirma que a ação “não é a toa”.

“Quantas noites eu virei treinando em exercício, porque eu não posso agora dedicar um pouco mais do meu tempo agora para estudar política para poder responder para vocês, pelo menos em parte, perguntas que afligem a todos vocês?”, questionou.

Após dizer que ser empresário no Brasil, atualmente, “é sinal de ser opressor, explorador, bandido”, ele saiu em defesa da classe. “Sem um empresário eles não conseguem produzir nada, não se gera riqueza, isso não termina em imposto e os mais pobres vão morrer em inanição”.

Em outro momento, Bolsonaro fez referência ao jogador de futebol Neymar. “Não tenho como fazer nenhum de vocês jogar como o Neymar, mas tenho como fazer o Neymar jogar igual a vocês: basta dar um tiro no joelho dele”, afirmou aos risos.

Redação O POVO Online
com informações da repórter Isabel Filgueiras

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