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Eduardo Cunha diz que Câmara irá interpelar advogada Catta Preta

A declaração foi feita por meio do Twitter. O peemedebista diz que acusação de Catta Preta de que sofre ameaças "atinge a Câmara como um todo" e ela deve "esclarecer ou ser responsabilizada por isso"

17:39 | 01/08/2015

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou neste sábado que determinará à Procuradoria Parlamentar que faça, na próxima semana, a interpelação judicial da advogada Beatriz Catta Preta. A declaração foi feita por meio do Twitter.

Responsável por nove acordos de delação premiada de réus na Operação Lava Jato, Catta Preta fechou seu escritório e abandonou processos do caso. Em entrevista à TV Globo na quinta-feira, 30, ela afirmou que decidiu encerrar a carreira por se sentir ameaçada por integrantes da CPI. Segundo a advogada, a pressão aumentou após um de seus clientes, o lobista Julio Camargo, afirmar em depoimento que pagou propina de US$ 5 milhões a Cunha.

Na avaliação de Eduardo Cunha, a acusação de Catta Preta "atinge a Câmara como um todo" e ela deve "esclarecer ou ser responsabilizada por isso". O deputado disse ainda que a interpelação servirá para que ela detalhe as ameaças que sofreu e diga quem está por trás delas.

Na sexta-feira, 31, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, já havia pedido à Câmara que fizesse a interpelação. "Ela diz que tem prova de tudo. Cabe à Mesa da Câmara fazer a chamada interpelação judicial, para que ela traga à baila e identifique se houve ameaças e quem as cometeu", disse.

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) classificou como grave a denúncia, mas evitou comentar se ela era crível. "O que posso dizer é que o Ministério Público tem condição de fazer, através dos mecanismos legais, as apurações devidas para que essa situação seja esclarecida".

O autor do requerimento de convocação na CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), chamou de "ridícula" a acusação da advogada.

Já o presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB), negou que a convocação de Catta Preta tenha sido uma tentativa de intimidar a ex-defensora de nove investigados da Operação Lava Jato. "A CPI não ameaça ninguém. A CPI investiga. O que é mais estranho é uma advogada criminalista que tem prestado serviços no país há muito tempo alegar de uma hora para outra que está sendo ameaçada sem trazer nenhuma pessoa que a ameaçou, sem trazer nenhum fato concreto", disse o deputado.

Redação O POVO Online

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