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CPI vai revirar 'caixas-pretas dos fundos de pensão', diz deputado

16:30 | 12/08/2015
O deputado Efraim Filho (DEM-PB) assumiu nesta tarde a presidência da CPI dos Fundos de Pensão. Em seu discurso de instalação da CPI, o parlamentar de oposição disse que a comissão vai se aprofundar nas gestões fraudulentas nos fundos e que pretende "revirar as entranhas dessas caixas-pretas".

O PT ficou com a primeira vice-presidência, que foi designada a Paulo Teixeira (SP). Na relatoria foi confirmada a indicação de Sérgio Souza (PMDB-PR), ex-suplente da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). "Como relator, nós pretendemos ir a fundo", declarou o peemedebista, afirmando que seu trabalho será "mais técnico do que político".

Para segundo-vice presidente foi eleito Samuel Moreira (PSDB-SP) e na terceira vice-presidência ficou Hissa Abrahão (PPS-AM).

Diante de uma plateia de participantes de fundos de pensão, como Postalis (dos Correios) e Funcef (Caixa), os membros da comissão falaram em "passar a limpo" os fundos e elogiaram a coragem do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de autorizar o funcionamento desta comissão.

"Será mais uma caixa-preta a ser aberta que vai escandalizar o País", previu o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). "Muita coisa nebulosa ocorreu no meio do caminho para ocorrer esse desequilíbrio dos principais fundos", comentou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

Tentativa de adiamento

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) reclamou que a proporcionalidade na composição das novas CPIs não vem sendo respeitada e propôs que a eleição fosse adiada. Por decisão do comando da Casa, o PT - que tem a segunda maior bancada - ficou de fora dos postos-chave nas comissões investigativas recém-instaladas.

"Indago da possibilidade de não concretizarmos esta eleição para que possamos discutir esse tema de natureza regimental para se restabelecer a proporcionalidade na ocupação das cabeças das CPIs", apelou Teixeira.

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que presidiu a reunião de instalação, indeferiu o pedido e argumentou que se tratava de uma questão de natureza política e não de proporcionalidade das bancadas. Teixeira avisou que entrará com recurso contra a decisão.

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