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Aos gritos de 'Lewandowski, traidor', servidores do Judiciário protestam no STF

19:20 | 18/08/2015
Servidores do Poder Judiciário protestam com buzinas e faixas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o acordo promovido entre o Ministério do Planejamento e a Corte de reajuste salarial para a categoria. Os servidores não gostaram da proposta e querem que o Congresso derrube o veto presidencial à proposta que concedia até 78% de aumento aos funcionários do Poder. Aos gritos de "Lewandowski, traidor, respeita o servidor", os manifestantes se concentram na entrada do Tribunal, na Praça dos Três Poderes. Há também servidores protestando no Congresso, onde pressionam pela derrubada ao veto.

Na semana passada, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, anunciou que as negociações com o Ministério do Planejamento após o veto presidencial levaram a uma proposta de reajuste no montante de até 41,47%. O reajuste será aplicado sobre os subsídios recebidos pelo cargo efetivo dos servidores. Além dos seguranças do STF, a Polícia Militar acompanha o movimento na noite desta terça, 18.

"Aquele projeto de lei foi elaborado em outro momento histórico e situação econômica mudou drasticamente", afirmou Lewandowski quando anunciou, na última semana, o reajuste conseguido em conversas com o Planejamento. "É o que o Erário poderia efetivamente suportar. Das primeiras negociações até o momento, houve um descenso econômico muito grande. À medida que o tempo passa, corremos o risco de ter situação deteriorada", completou Lewandowski.

Nessa segunda, 17, os servidores passaram a tarde em frente ao gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir que o peemedebista convoque uma sessão do Congresso para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff. "Derruba, derruba", gritavam. Renan afirmou que irá conversar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para marcar uma sessão conjunta entre deputados e senadores, sem sinalizar se irá colocar o veto em votação. Hoje, servidores do Judiciário fazem novamente manifestações nos corredores do Senado e em frente ao Congresso.

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