Aos gritos de 'Lewandowski, traidor', servidores do Judiciário protestam no STF
Na semana passada, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, anunciou que as negociações com o Ministério do Planejamento após o veto presidencial levaram a uma proposta de reajuste no montante de até 41,47%. O reajuste será aplicado sobre os subsídios recebidos pelo cargo efetivo dos servidores. Além dos seguranças do STF, a Polícia Militar acompanha o movimento na noite desta terça, 18.
"Aquele projeto de lei foi elaborado em outro momento histórico e situação econômica mudou drasticamente", afirmou Lewandowski quando anunciou, na última semana, o reajuste conseguido em conversas com o Planejamento. "É o que o Erário poderia efetivamente suportar. Das primeiras negociações até o momento, houve um descenso econômico muito grande. À medida que o tempo passa, corremos o risco de ter situação deteriorada", completou Lewandowski.
Nessa segunda, 17, os servidores passaram a tarde em frente ao gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pedir que o peemedebista convoque uma sessão do Congresso para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff. "Derruba, derruba", gritavam. Renan afirmou que irá conversar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para marcar uma sessão conjunta entre deputados e senadores, sem sinalizar se irá colocar o veto em votação. Hoje, servidores do Judiciário fazem novamente manifestações nos corredores do Senado e em frente ao Congresso.