É preciso cumprir a Constituição, diz Alckmin, questionado sobre saída de Dilma
Após uma pausa, o governador tucano respondeu apontando para os companheiros de debate, governadores também tucanos Beto Richa (PR) e Marconi Perillo (GO): "Somos cumpridores da Constituição", afirmou. "Os fatos vão determinar o futuro, nós temos que cumprir a Constituição", insistiu.
A Alckmin não interessaria uma saída de afastamento da presidente por cassação da chapa, que levaria à convocação de novas eleições com Aécio Neves provavelmente ressurgindo como nome do PSDB. Ainda assim, o governador subiu o tom das críticas à presidente como fizeram outros tucanos desde a convenção do PSDB, no domingo, 5.
Mais cedo nesta terça-feira, o governador disse que a presidente Dilma Rousseff foi "infeliz" nas críticas que fez à oposição em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
No Ethanol Summit, além do que chamou de "pitaco" ao ajuste fiscal, Alckmin criticou a alta de juros e de impostos. Disse que o Brasil passou da inflação ao "impostão", com aumento na carga tributária equivalente a 0,9 ponto porcentual do PIB, sendo que a carga extra é destinada à União e não a Estados e municípios.
Alckmin e os outros dois governadores criticaram também a estratégia do governo no passado de congelar preços da gasolina, política que chamaram de "desastrosa", com efeitos "devastadores" sobre o setor do etanol.