A Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap) investiga denúncia de suposto esquema de suborno envolvendo vereadores da Câmara Municipal de Canindé. A denúncia foi feita no começo de junho após o afastamento do prefeito de Canindé, Celso Crisóstomo (PT). O deputado estadual Elmano de Freitas (PT) utilizou seu discurso na Assembleia Legislativa, nesta sexta-feira, 3, para comemorar a decisão da Procap.

O prefeito foi afastado do cargo por decisão judicial, que determinou, em maio, a perda da função pública por improbidade administrativa. Dias depois, Crisóstomo apresentou gravação de telefonema entre seu assessor Stenio Maciel e o vereador Alexandre Anastácio. No áudio, o vereador confirmaria o pagamento de R$ 150 mil a cada um dos cinco vereadores envolvidos na votação que determinou o afastamento.
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Elmano parabenizou o Ministério Público, que, segundo ele, tomou providência e está apurando, bem como à Procap, que solicitou à desembargadora responsável pelo caso que a Procuradoria pudesse dar continuidade à investigação.

Conforme o deputado, ao todo, foram desembolsados R$ 750 mil para que os vereadores pudessem votar a favor no processo que resultou no afastamento do prefeito. “Vamos continuar acompanhando e manifestando nossa solidariedade ao prefeito, que foi o eleito do povo de Canindé e não pode, num jogo sujo, ser afastado do cargo”, disse, referindo-se à “articulação de empresários.

Durante o discurso, o deputado Roberto Mesquita (PV) lamentou o ocorrido com o prefeito e endossou a necessidade de apuração.

À época da denúncia, em entrevista à “Web TV CNE”, de Canindé, o vereador negou ter recebido dinheiro para votar pelo afastamento, mas confirmou que houve a conversa com o assessor do prefeito.