O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na manhã desta quinta-feira, 16, que dificilmente o governo conseguirá aprovar ainda este ano a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de 2023. A PEC aumenta o montante desvinculado de 20% para 30% das receitas.

"Desde fevereiro perguntei aos ministros se eles iriam mandar a proposta da DRU. Eles mandaram em junho, começo de julho. O governo levou seis meses para mandar a proposta da DRU, acha que tem alguma chance de ser aprovada até o fim do ano. A chance é mínima. É uma questão cronológica, não é uma questão política", declarou após café da manhã com jornalistas.

No último dia de sessão deliberativa antes do recesso parlamentar, Cunha enfatizou que o Congresso continuará tendo sua pauta, mas que o Executivo também precisa ter a sua. "O Congresso pode ajudar votando a pauta do governo. Mas o governo precisa propor", emendou.

O peemedebista negou retaliação do Congresso em relação às demandas do governo por causa dos desdobramentos da Operação Lava Jato. "Não atuamos nem com retaliação nem com apoio. Atuamos com independência da constitucionalidade. O governo vai ter da gente a institucionalidade que ele merece ter", afirmou.