Votação do Congresso do PT acaba com vaias
Pelas imagens que são transmitidas pela internet, não ficou claro se havia maioria de cada um dos lados, mas a direção optou por encerrar a questão. O tesoureiro Márcio Macêdo declarou o encontro encerrado e disse que a questão seria remetida ao diretório "sem prejuízo dos debates". Muitos gritaram pedindo votação e houve vaias. Alguns delegados chacoalhavam os crachás no ar em protesto à decisão.
O debate prévio à decisão sobre as doações também foi rápido. Valter Pomar, da corrente Articulação de Esquerda, disse que o Congresso não deveria abrir mão da discussão. "O Congresso tem que reafirmar a posição de não aceitar financiamento empresarial", disse argumentando que a questão era de gravidade e importância. Já o ex-tesoureiro Paulo Ferreira, da CNB, disse que seria um "prejuízo" votar antes de haver uma definição do marco legal sobre o tema.
Em abril, o partido definiu que seus diretórios não recebem doações de empresas e deixou em aberto as doações a candidatos. A Câmara dos Deputados aprovou em primeira votação, nas discussões da reforma política, uma PEC na direção contrária, que veta a doação a campanhas mas libera a partidos. Com isso, o partido se vê pressionado a recuar da decisão. Diretórios estaduais endividados também pressionam por não terem dinheiro em caixa para quitar dívidas de campanha do ano passado.