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Juiz bloqueia contas de presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez

O valor de R$ 20 milhões foi bloqueado eletronicamente para garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos em caso de condenação dos investigados

16:19 | 19/06/2015
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O juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 20 milhões das contas dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Os dois foram presos nesta sexta-feira, 19, na 14ª Fase da Operação Lava Jato. O valor foi bloqueado eletronicamente para garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos em caso de condenação dos investigados. O bloqueio atinge as contas de mais oito investigados.

As investigações que resultaram na 14ª fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras.

De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as duas empreiteiras, no entanto, diferentemente das demais investigadas, usavam um esquema “mais sofisticado” de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores das empresas.

Nesta sexta, foram cumpridos nove mandados, de um total de oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. De acordo com o delegado, foram presos preventivamente Marcelo Odebrecht, dono e presidente da construtora Odebrecht; o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, além de Rogério de Santos Araújo, Márcio Faria da Silva e João Antônio Bernard Filho. O executivo da Odebrecht Cesar Ramos Rocha é um dos que ainda não foram localizados.

Segundo o delegado Igor Romário de Paula, há indícios “bem concretos” contra os dirigentes das empresas. Segundo ele, os documentos revelam que eles tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas. Igor Romário lembrou que na 7ª fase da Lava Jato já houve busca e apreensão na sede da Odebrecht.

 

Agência Brasil
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