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Governo muda Conselho às vésperas de votação do tombamento da Praça Portugal

Segundo defensores da preservação da praça, ação é manobra para garantir derrubada da proposta, que entra na pauta de votação do grupo nesta quarta-feira

18:22 | 16/06/2015
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Às vésperas de votar sobre o tombamento da Praça Portugal, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa) teve nesta terça-feira, 16, grande mudança em sua composição. Segundo defensores da preservação da praça, a ação é manobra para garantir derrubada da proposta, que entra na pauta de votação do grupo nesta quarta-feira, 17.

Ao todo, foram substituídos quatro representantes de órgãos no Coepa, além da nomeação de seis novos conselheiros. A mudança foge o padrão do conselho: nos últimos dois anos, apenas uma outra substituição de membro já nomeado foi feita. Nesta quarta, o Coepa vota ação do vereador João Alfredo (Psol) que pede estudos de tombamento da praça.

[SAIBAMAIS2]“Com essa mudança, o governo deixa claro que é fez um jogo de poder, feito para derrubar qualquer possibilidade de estudo de tombamento da praça. Para garantir a destruição”, diz o vereador João Alfredo (Psol). Atualmente, projeto da Prefeitura de Fortaleza prevê a destruição da praça, que seria substituída por um cruzamento e quatro outras áreas de convivência.

Alterações

Entre órgãos que tiveram representação trocada, está a Ordem dos Advogados no Ceará (OAB-CE). No lugar de Lucas Guerra, secretário adjunto da Comissão de Direitos Culturais da Ordem, foi nomeado o advogado Pedro Bruno Amorim, que não integra a comissão e já havia votado contrário o tombamento da praça no Conselho Municipal de Patrimônio Histórico e Cultural (Comphic).

Também foram alterados representantes da Associação de Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece) e da Procuradoria-Geral de Justiça. O POVO tentou entrar em contato com a assessoria de imprensa do governo do Estado para comentar o caso, mas não obteve resposta até o momento.

Em julho do ano passado, o Comphic - conselho equivalente ao Coepa no nível municipal - já havia rejeitado o tombamento da Praça Portugal. A votação terminou em nove votos contra oito, com apenas um dos representantes da sociedade civil votando contra o tombamento - no caso, a OAB. 

Redação O POVO Online
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