PUBLICIDADE
Notícias

Emenda de reajuste da Previdência divide bancada cearense

Pela regra aprovada, as aposentadorias seriam reajustas pelas mesmas regras aplicadas ao salário mínimo

16:23 | 25/06/2015

A bancada cearense na Câmara Federal se dividiu na votação da Medida Provisória 672/15, que estende as regras do reajuste salarial para as aposentadorias. O valor é calculado pela soma da variação da inflação (INPC) e do Produto Interno Bruto (PIB). A regra, proposta por Arthur Oliveira (SD) foi aprovada por 206 votos a 179. Entre os cearenses, foram nove votos favoráveis e sete votos contrários.

Entre os votos favoráveis, alguns tem destaque. Um deles, o da ex-prefeita Luizianne Lins (PT). Ela já havia contrariado o governo na votação da MP 665, que restringia direitos trabalhistas. Na época, a deputada argumentou que não votaria “com os inimigos do PT e do Governo” mesmo sendo contra o teor do projeto. Entre os petistas, apenas ela e mais dois - Wadih Damous (RJ)e Weliton Prado (MG) - foram favoráveis à emenda votada ontem. A votação colocou do mesmo lado a ex-prefeita e um de seus adversários históricos, Moroni Torgan (DEM).

 

Na bancada no PCdoB, apenas o cearense Chico Lopes apoiou a medida. O parlamentar, tradicionalmente, acompanha a orientação da liderança comunista ao determinar seu voto.

A aprovação da emenda causou uma improvável aliança entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). Este, classifiou a emenda como um "ato contra o trabalhador". De acordo com o peemedebista, “o governo deve esquecer essa medida provisória. Não deve nem concluir essa votação. O governo não vai poder sequer vetar individualmente o que foi aprovado ontem".

Já o ministro-chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante (PT), a extensão da política de reajuste do salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas custaria R$ 9,2 bilhões por ano ao governo, comprometendo ainda mais a sustentabilidade da Previdência Social e o período de limitação fiscal do governo. Para ele, é preciso "aprofundar o debate e, do ponto de vista fiscal da Previdência, dar uma resposta definitiva ao País". O governo conta com os senadores para derrubar a emenda aprovada pelos deputados (com agências)

VOTARAM SIM

Moroni Torgan (DEM)

Chico Lopes (PCdoB)

André Figueiredo (PDT)

Adail Carneiro (PHS)

Vitor Valim (PMDB)

Moses Rodrigues (PPS)

Raimundo Gomes de Matos (PSDB)

Cabo Sabino (PR)

Luizianne Lins (PT)


VOTARAM NÃO

Aníbal Gomes (PMDB)

Danilo Forte (PMDB)

Ronaldo Martins (PRB)

Leônidas Cristino (Pros)

José Airton Cirilo (PT)

José Guimarães (PT)

Odorico Monteiro (PT)

 

Redação O POVO Online

TAGS