Serra diz não ter 'a menor dúvida' de que o Brasil gostaria de mudar o governo
"O presidencialismo é muito rígido e a gente tem de trabalhar sempre com um olho nas instituições e outro na política. Eu entendo perfeitamente o sentimento desse pessoal que preferia não ter a Dilma", completou, ao ser indagado sobre o pedido de impeachment da presidente a ser formalizado pelo Movimento Brasil Livre.
Sobre as críticas feitas pelos próprios lideres do Movimento Brasil Livre, que consideraram o PSDB traidor pelo fato de o partido não pedir o impeachment de Dilma, Serra disse que a opção dos tucanos em pedir investigação criminal nas pedaladas fiscais é "um caminho forte".
O senador considerou que Dilma entrou com um problema no segundo mandato que tem parecido "intransponível", que é a falta de crédito e de confiança naturais aos governos recém-eleitos. "Ela não tem isso, porque foi a própria antecessora, herdou problemas do Lula e, em vez de resolvê-los, aprofundou-os", disse.
O senador afirmou ainda que as divergências internas no governo, entre os ministérios da Fazenda e do Planejamento, sobre o tamanho do contingenciamento do governo "são secundárias" diante das metas irrealistas de ajuste fiscal. "Não há menor possibilidade de eles alcançarem o montante de superávit (de 1,2% do PIB em 2015) que estão pretendendo. No máximo a metade", concluiu.