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Líder do PMDB do Senado contraria Planalto e diz que não pedirá inversão de pauta

13:40 | 26/05/2015
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou nesta terça-feira, 26, que não vai pedir a inversão de pauta para apreciar por último a Medida Provisória 664 no plenário da Casa. Nos bastidores, o Palácio do Planalto trabalha para adiar a apreciação da MP depois que a Câmara incluiu, à revelia do governo, a fórmula de aposentadoria 85/95.

Pela previsão inicial, a primeira medida provisória da pauta é a 665, que restringe acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial. Em seguida, a MP 664, que trata da pensão por ordem e que foi incluída a alternativa ao fator previdenciário. Por último, a MP 668 trata, entre outras coisas, do aumento das alíquotas de PIS/Cofins de produtos importados.

Eunício Oliveira revelou que, na reunião no Palácio do Jaburu esta manhã com a presença de ministros e líderes partidários, o governo pediu-lhe para apresentar um requerimento para tentar colocar a MP 664 em terceiro da fila do plenário, depois da MP 668. Ele disse que não atenderá o pedido e defenderá, na reunião da bancada antes da votação, a aprovação da MP da forma como veio da Câmara.

"Havia uma solicitação do governo de fazermos a inversão de pauta para votarmos a 668, porque a 664 está com uma proposta que derruba o fator previdenciário dentro dela. Vamos manter o rito normal, não assino nenhum requerimento de inversão de pauta", disse Eunício à reportagem.

Mesmo antes da reunião da bancada peemedebista, a maior da Casa, o líder do PMDB adiantou que vai encaminhar durante a votação da MP 664 em plenário sua aprovação da forma como veio da Câmara. Ele destacou que não quer qualquer alteração no texto da MP na parte referente à alternativa ao fator previdenciário.

Questionado sobre a possibilidade de distribuição de cargos para aprovar as MPs do ajuste, como teria ocorrido na Câmara, Eunício disse que não houve qualquer discussão nesse sentido na bancada do Senado. "Não tem nenhum segredo na bancada, nenhum toma lá, dá cá. Não podemos trabalhar desta forma", disse.

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