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Jaques Wagner diz que ajuste não vai interromper programa de compra de caças

20:00 | 21/05/2015
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou nesta quinta-feira, 21, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que o ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff não vai interromper o programa FX-2, que prevê a compra de 36 caças suecos Gripen para o Brasil.

"Não vejo possibilidade de descontinuidade, porque ele é importantíssimo para a Suécia, é importantíssimo para nós. É público. O mundo inteiro sabe que nós estamos num processo de ajuste fiscal e de dificuldade. Então, não vejo possibilidade de descontinuidade", afirmou.

A fala ocorreu após questionamento da senadora Ana Amélia (PP-RS), que pretendia saber quais eram os novos passos após a decisão, ocorrida no governo passado, de comprar os caças suecos, entre eles o processo de compra. A senadora estava preocupada com o tempo para a concretização do acordo.

Wagner explicou que o contrato foi assinado, sendo que nele há uma previsão de financiamento a ser bancado inteiramente pelo governo sueco. O ministro disse que o contrato está sob análise da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e que o Tesouro Nacional também está acompanhando. Ele destacou que, após essa avaliação, o contrato será enviado ao Senado, responsável por referendar esse tipo de documento.

O presidente da Comissão, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que dará um tratamento rápido ao documento assim que chegar ao Senado. "Aqui, temos a tradição de trabalhar celeremente. Chegando a matéria aqui, na semana seguinte, ela estará pautada, mesmo porque é um assunto que já conhecemos bastante bem", afirmou.

O ministro disse que aguarda a concretização dessa etapa para "pacificar essa questão". Isso porque, destacou, sem o cumprimento de todo o trâmite, ocorrerá um desembolso menor do programa no primeiro ano.

"Então, é evidente que aquilo que estava previsto para este ano não terá o desembolso", afirmou Wagner. "Mas tem de ser assinado, até porque, se a gente não assinar, não se concretiza isso. Como foi algo que foi decisão da própria presidente da República, não tenho dúvida de que será assinado. Mas concordo com a senhora senadora (Ana Amélia) que temos de apressar", completou.

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