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Guimarães nega que 2.º escalão seja moeda de troca do ajuste fiscal

20:40 | 11/05/2015
Depois de o Planalto garantir a aprovação da MP do seguro-desemprego por uma diferença de apenas 25 votos, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) negou nesta segunda-feira, 11, que a composição do segundo escalão será usada como "moeda de troca" para agradar aliados e assegurar o aval do Congresso Nacional ao ajuste fiscal desenhado pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff.

Em tom conciliador, Guimarães disse que os votos do oposicionista Democratas são "bem-vindos" e que espera o apoio do PDT à MP 664, que deverá ser votada nesta quarta-feira, 13. "O governo sabe fazer o reconhecimento político. A presidente reconhece o papel central que tiveram os líderes da base mesmo com uma ou outra dissidência. Mas é normal. Não tem essa de moeda de troca (de cargos no segundo escalão). Essa frase ela é oposto daquilo que estamos discutindo. O que é normal é os partidos da base ocuparem os espaços como já ocupam, qual a novidade disso?"

Na semana passada, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, explicitou a estratégia do governo para arregimentar os votos necessários para garantir a aprovação das próximas etapas do ajuste fiscal no Congresso. "É evidente que quem ajuda o governo, quem vota com o governo, quem sustenta o governo, governa com o governo, tem prioridade nas indicações do segundo escalão", afirmou. "Aqueles que querem colaborar serão privilegiados."

Necessários

Quatro principais partidos de oposição - PSDB, DEM, PPS e Solidariedade - e o independente PSB deram 10% votos ao governo, com 27 apoios na votação do texto base da Medida Provisória 665, aprovada na última quarta-feira, 6, na Câmara dos Deputados. "Os votos do DEM são necessários. Não são bem-vindos, (são) necessários. Quem puder ajudar é importante", disse Guimarães a jornalistas, depois de reunião no Planalto com o vice-presidente Michel Temer, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e líderes para tratar da medida provisória 664, que altera as regras para concessão de pensão por morte e auxílio-doença. "Nossa expectativa é que o PDT ajude na aprovação da MP 664. O PDT está sendo tratado pelo governo e não sei o desfecho", ressaltou Guimarães.

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