Defesa de Cunha questiona ação da PGR na Lava Jato
A peça é assinada por quatro advogados de Cunha, o principal deles o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza. A defesa pede acesso a todas as peças em que foram ouvidos Camargo e Jayme de Oliveira Filho, ex-policial federal investigado na Lava Jato. O documento requer ainda que daqui em diante todas as oitivas do empreiteiro contem com a presença do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF: "que eventuais futuras reuniões ou oitivas sejam feitas perante Vossa Excelência, sendo a defesa do peticionante intimada para se fazer presente ao ato", escreveram os advogados.
Cunha é alvo de inquérito aberto em março no STF por suposto envolvimento na Lava Jato. O presidente da Câmara foi citado por Youssef, um dos delatores do caso, como um dos beneficiários do esquema de pagamento de propinas envolvendo a Petrobras. De acordo com o doleiro, o parlamentar teria aberto requerimentos na Câmara dos Deputados para pressionar Camargo, que teria suspendido os pagamentos do esquema. Cunha tem negado as acusações.
No documento, é dito ainda que "o Procurador-Geral da República, ao que parece, lançou-se em verdadeira cruzada para tentar confirmar, de toda forma, a sua linha de investigação", diz o texto. A afirmação apresentada pela defesa tem sido repetida por Cunha, que tem afirmado que o procurador-geral, Rodrigo Janot, vem conduzindo as investigações de forma "pessoal". O pedido foi encaminhado ao ministro Teori, que ainda não decidiu sobre a petição protocolada hoje.
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