Receita e PF dizem que não há indício na Zelotes contra servidores
"A Receita Federal e a Polícia Federal esclarecem que não há qualquer indício nos autos que apontem o envolvimento de servidores responsáveis pela investigação nas irregularidades apuradas pela Operação Zelotes", diz o texto, divulgado em resposta a matéria publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A matéria mostra que um dos conselheiros investigados pela Zelotes enviou e-mail para o chefe da coordenação de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, Gerson Schaan, na qual descrevia negociação com a fabricante de carrocerias de ônibus Marcopolo. A matéria revelou ainda que a Marcopolo pode ter pago R$ 1 milhão em propina, segundo relatório da PF.
O texto do Estado deixa claro que Schaan não é um dos investigados pela operação e que a citação ao chefe da inteligência da Receita nõ é esclarecida no relatório da PF.
Na nota, a Receita informa ainda que, por meio da coordenação chefiada por Schaan, conduz investigação própria sobre os fatos que resultaram na operação Zelotes desde o final de 2013. "Ao tomar conhecimento de que o Departamento de Polícia Federal - DPF também conduzia investigação sobre o mesmo tema, a RFB passou a atuar de forma conjunta, em regime de força-tarefa, com participação também da Corregedoria do Ministério da Fazenda e do Ministério Público Federal para apuração dos fatos", afirma.
O texto destaca ainda que a participação da Receita Federal, da corregedoria da Fazenda e do Departamento de Polícia Federal foram decisivas para o sucesso da investigação, "produzindo diversas informações e documentos que foram integrados ao correspondente procedimento criminal".