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Oposição reage e diz que Cardozo cumpre "tarefa como militantes do PT"

21:10 | 17/04/2015
Lideranças dos partidos oposição reagiram nesta sexta-feira, 17, às acusações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que o atraso nos repasses do Tesouro começou no ano de 2001, no governo Fernando Henrique Cardozo. Em nota, o PSDB afirmou que Cardozo cumpria "tarefas como militantes do PT". No documento, os tucanos ressaltam que a denúncia sobre as chamadas "pedaladas fiscais" não foram feitas por integrantes da oposição, mas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

"À beira de um ataque de nervos, o ministro da Justiça convocou mais uma vez a imprensa para cumprir suas tarefas como militante do PT. As graves e reiteradas denúncias que vêm sendo feitas ao seu governo não partem da oposição, e sim do Tribunal de Contas da União e de órgãos públicos de fiscalização que cumprem o importante papel de lembrar ao Palácio do Planalto e ao PT que o Estado brasileiro pertence aos brasileiros e é regido por leis que a presidente Dilma e seus ministros precisam respeitar", diz em nota o PSDB.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), ironizou as declarações do ministro José Eduardo Cardozo e atribuiu a iniciativa a uma tentar do governo de desviar a discussão para a disputa político-eleitoral. "É uma questão técnica apresentada por um órgão como o TCU, que conta com auditores de carreira. O próprio relator, José Múcio, foi ministro de Lula e indicado por ele para ocupar a vaga no tribunal. Ele apresentou um relatório aprovado por unanimidade", afirmou o deputado. "Só pode ser brincadeira do Cardozo. Estão querendo mudar o foco de uma questão técnica para a disputa político eleitoral", emendou. Nos cálculos do TCU, mais de R$ 40 bilhões foram sacados pelo governo das contas do Banco do Brasil, Caixa e BNDES, para engordar a contabilidade fiscal e se aproximar da meta de superávit primário.

A decisão do tribunal fortalece a intenção de integrantes da oposição de apresentar o pedido de impeachment de Dilma. Desde o último dia 12, após a realização das manifestações contra o governo, ocorrida em vários Estados do País, os tucanos pediram ao ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior que avaliasse se há algum caminho para que o pedido possa ser apresentado.

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