Manifestações tiveram adesão menor que a registrada em 15 de março
Em São Paulo, a Polícia Militar optou por divulgar apenas uma estimativa de público. Segundo a corporação, cerca de 275 mil pessoas foram à Avenida Paulista. No dia 15, a Polícia Militar havia contabilizado 1 milhão de manifestantes.
A medição feita ontem pelo instituto Datafolha na Paulista resultou em um número inferior ao da Polícia Militar: 100 mil pessoas. No protesto do mês passado, o instituto contabilizou 210 mil na avenida. O descompasso entre os números do Datafolha e da PM gerou polêmica após o ato do dia 15.
"O que nos parece em terra (na avenida) é muito diferente para quem está lá em cima fazendo os mapas e captando as imagens", disse o coronel Celso Luiz Pinheiro, comandante do policiamento na região central da cidade. O coronel Pinheiro explicou que a estimativa de público em manifestações é feita com base em imagens aéreas e mapas georreferenciais.
Antes da divulgação oficial, por volta das 14 horas, o coronel Reynaldo Zychan, comandante de policiamento da capital, disse para a reportagem que a PM só iria divulgar os dados no fim do dia porque, segundo ele, as informações de público que a polícia já tinha no início da tarde serviam "apenas para o controle interno" da corporação.
Diferentemente do que houve no dia 15 de março, quando os manifestantes postavam fotos posando com policiais militares nas suas redes sociais, desta vez foi a PM que resolveu publicar imagens de manifestantes com agentes da corporação.
Nas contas do Twitter e Facebook, o departamento de comunicação da PM publicou fotos de crianças e manifestantes com policiais e os animais do Canil e da Cavalaria, ambos grupamentos do Choque. "Independentemente de ser um movimento A ou B, a PM está presente. E se alguém quiser tirar foto conosco, estamos à disposição", disse o coronel Pinheiro.
Pacífico
O ato na capital paulista não teve ocorrências policiais graves. Até o fim da tarde, apenas uma pessoa havia sido detida. Uma mulher que tirou a roupa perto de um dos carros de som dos movimentos foi levada para o 78º DP (Jardins).
Era forte a presença da Polícia Militar na Avenida Paulista e nas ruas do entorno. Todos os batalhões foram convocados para trabalhar no local. Mesmo assim, ambulantes podiam vender bebidas alcoólicas sem qualquer tipo de restrição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.