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Dias diz que fica no Trabalho enquanto Dilma e o PDT quiserem

13:10 | 29/04/2015
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, minimizou nesta quarta-feira, 29, as críticas do presidente do PDT, Carlos Lupi, ao PT. O ministro disse que sua permanência no cargo depende da vontade do diretório nacional do PDT e da presidente Dilma Rousseff. "Continuarei ministro enquanto a presidenta entender - porque o cargo é da presidenta - e quando o partido, pelo seu diretório nacional, tomar uma posição diferente", afirmou ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado.

Ex-ministro dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e um dos "faxinados" do primeiro mandato de Dilma, Lupi, em discurso em evento em São Paulo, disse que os petistas "roubaram demais" e que o partido deles "se esgotou". "O PT exauriu-se, esgotou-se. Olha o caso da Petrobras. A gente não acha que o PT inventou a corrupção, mas roubaram demais. Exageraram. O projeto deles virou projeto de poder pelo poder", disse o presidente do PDT. A declaração foi feita durante um encontro com correligionários na quinta-feira e revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo.

O ministro afirmou que a declaração de Lupi foi "tirada do contexto" e que ele "nunca" falou que o PT roubou muito. "Ele falou em roubalheira que todo mundo sabe que houve lá com relação a Petrobras", respondeu o ministro.

Dias lembrou que o partido apoia o governo do PT por concordar com as políticas sociais e trabalhistas adotadas por Dilma e pelo ex-presidente Lula e que a permanência ou não na administração petista não "implica em abandonar o apoio a essas políticas". "Discutir se fica (no governo) ou não é livre", ressaltou. O ministro considera que o governo vive um período de ataque de "setores conservadores da direita" para tentar desestabilizá-lo, como aconteceu nos governos de Getúlio Vargas e João Goulart.

Pronunciamento

Durante reunião na manhã desta quarta do Comitê Executivo da Agenda Nacional de Trabalho Decente, o ministro lamentou que a população seja influenciada pelo noticiário negativo. "Nós do governo perdemos a batalha da comunicação", comentou.

Sobre a desistência da presidente Dilma em realizar o tradicional pronunciamento de 1º de Maio, Dias considerou que não é ruim ela não ir ao rádio e à TV. "Ela vai se manifestar nas mídias sociais. É uma opção que é mais próxima (da população), uma maneira de manter o diálogo onde hoje milhões de brasileiros se comunicam. Isso não vai diminuir o debate", avaliou.

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