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Voz das ruas precisa ser escutada por todos, diz Luiza Trajano

16:40 | 23/03/2015
Num momento de crise e incertezas na economia, a presidente do Magazine Luiza e do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Luiza Trajano, disse que a voz das ruas precisa ser escutada por todos. "O País vive hoje mais um problema político do que econômico, não estou dizendo que não tem problema econômico, mas o que precisamos é que a classe política esteja unida para enfrentarmos essa travessia", disse a empresária ao Broadcast Político, serviço da Agência Estado de notícias em tempo real, após participar nesta segunda-feira da cerimônia de posse de Alencar Burti nas presidências da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Para Luiza Trajano, as recentes manifestações de rua contrárias ao governo da presidente Dilma Rousseff, que levaram mais de dois milhões de pessoas às ruas no dia 15, fazem parte do processo democrático do País. Na avaliação da empresária, a presidente Dilma vem atuando de forma democrática com relação a esses movimentos, "até mesmo porque ela também já lutou contra a ditadura, pela redemocratização do País." Ainda sobre as manifestações, ela ainda disse: "Que bom que não teve nenhuma loja apedrejada, como já tivemos (em outras ocasiões)." Indagada sobre o clima no Congresso Nacional, ela acredita que seja apenas uma crise momentânea.

Alternativas

A presidente do Magazine Luiza afirmou que o varejo não fala em crise, fala em alternativas. "Depois do governo, o varejo é o maior empregador do Brasil. Não ignoramos a crise, mas estamos sempre em busca de alternativas", disse a empresária, destacando que a classe política deveria seguir o mesmo exemplo. Segundo Luiza Trajano, no 3º Fórum Nacional do Varejo, realizado neste final de semana, o sentimento de todos os participantes foi o de buscar alternativas para atravessar, unidos, este momento, "até mesmo porque já atravessamos outras crises". Na sua avaliação, o varejo sempre foi um setor responsável por "puxar o País para fora das crises" e acredita que neste momento não será diferente.

Sobre as perspectivas de que a retração na economia poderá aumentar o desemprego e, consequentemente afetar as vendas do comércio, ela disse que já houve momentos econômicos piores no País. "Tem empresas abrindo duzentos pontos de venda", ponderou.

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