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Protesto em Fortaleza pelo impeachment de Dilma já conta com 47 mil confirmações no Facebook

Em discussões, os críticos de Dilma polemizam sobre a derrubada da presidente pelos militares. Organizador entretanto garante que a maioria dos que devem comparecer preza pela democracia e a legalidade

13:26 | 10/03/2015

Fortaleza também deve ser parte da onda de protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) agendada para o próximo domingo, 15. O evento do Facebook "Impeachment Já!!! - Fortaleza-CE" já conta com mais de 47 mil participantes confirmados. Entretanto, de acordo com o arquiteto Paulo Angelim, um dos organizadores da manifestação, não há como prever o número de participantes. "Muitas pessoas dizem 'vou levar minha família', 'vou levar não sei quem'...", explica.

 

Angelim teve reunião com a Polícia Militar para solicitar segurança para a manifestação e, de acordo com ele, foi garantida a mobilização de militares do Ronda e da Tropa de Choque. E participantes também teria se disposto a financiar a presença de cem seguranças particulares.

 

POLÊMICA

 

Na convocação para o protesto, os organizadores afirmam que sairão às ruas "diante dos evidentes indícios de crime lesa-pátria, improbidade e negligência, pedir o impeachment de Dilma Rousseff, como fizemos em 1992 com o então presidente Fernando Collor de Melo". Entretanto, nas discussões, o impeachment não é a única proposta.

 

"Atenção!!! Não caia no golpe do impeachment. Trata-se de uma jogada política para Dilma renunciar como aconteceu com Collor, e segue-se os planos de implantação do comunismo com a população mais calma", afirma uma publicação no grupo, defendendo a "intervenção militar constitucional" como solução. Entretanto, outros participantes criticam o apelo às tropas. "Governo militar NUNCA MAIS! Nem se os militares passassem 100 anos pedindo desculpas, não deveríamos dar outra chance. E eles nem assumem a merda que fizeram. Ficam chamando de revolução de 64", declara um dos participantes.

 

Sobre qual seria a demanda da manifestação, Angelim destaca que "impeachment" está no título do evento. Mas ele afirma que o objetivo é para além da saída de Dilma. "Um dos maiores objetivos do evento é mudar a postura da sociedade em relação à política" afirma, acusando tal comportamento de passivo e não participativo.

 

Quanto a sua postura pessoal quanto à polêmica, o organizador diz ter a democracia por princípio. "Qualquer que seja um caminho, precisa ser um caminho constitucional e democrático", sintetiza. Ele acredita que o conjunto dos que comparecerão domingo compactuarão com esse sentimento.

 

ELITES

 

Angelim também reagiu a acusação de que o movimento seria exclusivamente "das elites". Para ele, "isso é uma tentativa sórdida de colocar ricos contra pobres". O ativista afirma que o protesto está recebendo apoio também de moradores de bairros mais afastados. Na página do evento, de fato, há pessoas que afirmam serem de bairros afastados.

 

Ele também justificou a escolha da Praça Portugal como palco para a manifestação. Angelim diz que o espaço adquiriu um caráter de "reduto da oposição", independente de estar presente em uma área mais abastada. Mas afirma que se o protesto fosse durante a semana, ele aconteceria na Praça do Ferreira ou na Praça José de Alencar.

 

Redação O POVO Online

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