Atualizada às 9h45min

O Ministério Púbico Estadual do Ceará (MPCE) deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a operação ''Hora da Verdade'', que investiga fraudes licitatórias no município de Crato, 504,4 km de Fortaleza. Policiais militares e civis ocupam o prédio da Prefeitura, o Palácio Alexandre Arraes, e o anexo do prédio da Câmara Municipal do Crato, no Cariri. Ao todo, devem ser cumpridos 51 mandados de busca e apreensão.

A ocupação, para apreensão de documentos, foi iniciada às 6 horas da manhã, comandada pelo promotor Igor Pinheiro. Outros oito promotores participam da ação, com 40 policiais – entre civis e militares. Uma coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira, 27, vai divulgar detalhes da ação, conforme o MP.

Secretarios municipais, empresários, membros da comissão de licitação da Prefeitura, advogados e um vereador são investigados, conforme o MPCE. O valor total das licitações sob investigação é da ordem de R$ 3.152.172,72 

Segundo o MPCE, as investigações apontam para a existência de um suposto esquema de contratações indevidas em: dispensas de licitação em favor de doadores de campanha do atual prefeito do Crato; indícios de superfaturamento na contratação do transporte escolar; recebimento, nos almoxarifados, de produtos completamente diferentes e mais baratos do que os contratados pelo poder público; merenda escolar estragada e com insetos.

O prefeito do Crato, Ronaldo Gomes de Mattos, disse que está tranquilo e as portas da Prefeitura estão abertas para o órgão. “Não sei o teor de operação, mas se alguma irregularidade for encontrada, que os responsáveis paguem pela culpa”, pontuou.

Redação O POVO Online (colaborou Amaury Alencar)