Em evento no RJ, Dilma diz que governo garantirá não só obras, mas resgate social
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que é carioca, também fez parte da homenagem, mas apenas da plateia. De acordo com a assessoria de imprensa do evento, ele e Dilma se cumprimentaram e tiveram uma rápida conversa antes da cerimônia. Essa é a primeira vez que Levy e Dilma se encontram após a "puxada de orelha" de ontem, quando a presidente classificou como "infeliz" as declarações do ministro sobre a política de desoneração da folha de pagamentos, marca da primeira gestão da presidente no comando do Palácio do Planalto.
Na última sexta-feira (27), ao anunciar um pacote de aumento de impostos e redução de benefícios a empresas, Levy fez críticas ao programa de desoneração. "A troca entre a folha e o faturamento não era muito vantajosa", disse, naquela oportunidade. Segundo ele, a "brincadeira" custou R$ 25 bilhões aos cofres públicos. No mesmo dia, segundo fontes, Dilma, que estava no Rio Grande do Sul, telefonou para o ministro, que estava em Brasília, e o repreendeu pelas declarações feitas.
Durante a cerimônia de aniversário do Rio, entre os diversos elogios feitos por Dilma ao prefeito Eduardo Paes (PMDB) e ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), a presidente disse que foi um ato de coragem ter destruído a Perimetral para a construção do corredor cultural. Tido como desafeto de Dilma, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também estava presente no evento. Citando importantes fatos históricos ocorridos no Rio, a presidente foi aplaudida ao lembrar da escravidão e afirmar que é preciso continuar a luta contra a discriminação racial no Brasil.