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Dilma nega atraso do governo federal no pagamento de obras do Minha Casa

15:20 | 30/03/2015
A presidente Dilma Rousseff negou nesta segunda-feira, 30, que o governo federal esteja atrasando pagamentos em obras do programa Minha Casa, Minha Vida. "Não é verdade. As obras do governo federal estão sendo pagas criteriosamente", disse, em coletiva de imprensa, após participar de entrega de 1.032 moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Capanema, no Pará.

De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", para melhorar as contas fiscais, o governo atrasou neste início de ano os pagamentos às empresas que constroem as habitações destinadas às famílias de renda mais baixa inscritas no Minha Casa, Minha Vida, o principal programa da presidente Dilma Rousseff.

O jornal ouviu no início de março dezenas de construtoras responsáveis pelos empreendimentos que vão ser entregues às famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil (faixa 1 do programa habitacional). Sob a condição de anonimato, com medo de represálias do governo, os empresários foram unânimes em confirmar os atrasos, que chegam, em alguns casos, a um mês.

Dilma voltou a defender o ajuste fiscal proposto pelo governo e disse que é preciso "adequar política econômica à mudança da realidade". "Tenho certeza que o Brasil volta a crescer se a gente fizer essa movimentação", disse, destacando que com o programa de desonerações o Brasil "perdeu R$ 25 bilhões" e que agora o governo está "diminuindo essa perda". Ela destacou, entretanto, que "tem várias reformas que temos que fazer depois do ajuste", disse.

A presidente citou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado na última sexta-feira, que mostrou que o País cresceu apenas 0,1% em 2014. "Falaram que o Brasil cresceu muito pouco em 2014, mas ninguém diz que os dados da solvência do país melhoraram todos", afirmou, destacando que com a revisão do cálculo "estamos agora com 58% da dívida bruta sobre o PIB."

Fies

Dilma foi questionada sobre as mudanças nas regras no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ela, o número de matrículas foi crescendo "ano a ano", mas agora é preciso corrigir algumas distorções. "Houve distorção no programa e estamos corrigindo", disse.

Segundo a presidente, algumas instituições fizeram reajustes muito acima do que o governo pode arcar. "Não se pode aceitar que o reajuste das mensalidades seja aquele que a empresa resolver dar. Nós bancamos reajuste até 6,5%", disse.

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