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Vargas afirma que não haverá retaliação nas indicações do 2º escalão

18:40 | 02/02/2015
Um dias após a derrota do Palácio do Planalto na disputa para a presidência da Câmara, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, afirmou nesta segunda-feira, 2, que serão retomadas as indicações do segundo escalão do governo federal. Responsável pela articulação do Palácio com o Congresso, Vargas ressaltou, entretanto, que não haverá "retaliação" por parte do governo aos partidos da base aliada que deixaram de apoiar ou "traíram" o candidato do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP).

"Vamos deixar uma coisa muito clara. A formação de um bloco de uma candidatura da Câmara vai gerar retaliação? Vocês acham que o a gente age assim? Vocês acham crível que um governo faça esse tipo de retaliação? Isso não existe. Obvio que não", ressaltou Pepe Vargas após deixar sessão solene de abertura das atividades do ano legislativo no Congresso.

Segundo ele, durante o processo de disputa pela presidência do Senado e da Câmara, ambas vencidas pelo PMDB, o Palácio do Planalto "congelou" as indicações para não interferir na briga.

"O governo não estabeleceu uma estratégia nesta eleição. Houve duas candidaturas do PT e do PMDB e o governo não usou a estrutura 'interna' a favor de um candidato nem de outro. Congelou todo o processo de montagem do segundo escalãou. Se o governo quisesse utilizar a sua estrutura, poderia ter usado na montagem do segundo escalão a favor de um ou de outro, não fez isso. Tratou com total lisura", afirmou.

Embora negue a participação do governo principalmente na corrida pela presidência da Câmara, a interferência do Palácio do Planalto foi lembrada no discurso de posse de Eduardo Cunha após o resultado da eleição. "Acho que fica uma lição de que não se pode construir a harmonia entre os poderes com a tentativa de interferir um poder no outro. Então, foi ruim, foi errado, mas agora temos de passar uma borracha nisso e tocarmos a vida do país", afirmou Cunha.

Pepe Varga se esquivou de analisar a estratégia adotada pelo PT "do tudo ou nada" que culminou com a derrota de Arlindo Chinaglia e levou a legenda a não ocupar nenhum espaço na Mesa Diretora da Câmara. "Foi uma estratégia das duas candidatura que tinha como consequência isso. Acho melhor perguntar para o Arlindo, a estratégia foi estabelecida pela coordenação da campanha dele, o governo não participou".

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