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'Ser amigo de Dilma é pior do que ser adversário', diz Aécio

19:40 | 03/02/2015
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou nesta terça-feira, 3, que a manutenção de Graça Foster na presidência da Petrobras serviu até o momento para que a presidente Dilma Rousseff pudesse se "anistiar de suas responsabilidades". As declarações de Aécio ocorreram logo após Foster deixar o Palácio do Planalto, onde se reuniu reservadamente com a presidente Dilma. Elas conversaram por cerca de duas horas. "Certamente ser amigo da presidente da República hoje é muito pior do que ser seu adversário. O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com um inimigo. Permitiu que ela assumisse um desgaste enorme nesse último período, como isso pudesse defendê-la, ou anistiá-la das suas responsabilidades. E no momento em que fica insustentável a presença da Graça Foster, ela anuncia ou, pelo menos, sinaliza com a sua saída", afirmou o tucano.

Na avaliação do senador, Foster permaneceu no comando da estatal para "tentar limpar a cena do crime". "A presidente Dilma, num gesto até de pouca generosidade com a sua amiga, permitiu que ela assumisse sozinha uma responsabilidade que não é só dela. A responsabilidade pelos desmandos e pela corrupção na Petrobrás começa muito antes da presidente Graça Foster. E ela, obviamente ao aceitar a missão e tentar limpar a cena do crime, essa expressão não é minha, obviamente passa a ser parte do mais triste momento da história da maior empresa brasileira", afirmou Aécio Neves.

Para a oposição, que articula a criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, o ciclo da executiva na empresa já havia se concluído "há muito tempo". "Demorou muito mais do que se esperava", avaliou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). Para o tucano, Graça cumpre a função de "limpar" tudo o que foi feito pelo PT na empresa. "Não tinha o menor sentido ela continuar à frente da Petrobras", declarou.

O deputado Mendonça Filho (PE), líder do DEM, também criticou a demora da presidente Dilma Rousseff trocar a presidência da Petrobras. "É evidente que ela não tinha nenhuma condição de continuar à frente da Petrobras. Infelizmente o que o governo fez foi desgastar ainda mais a imagem da presidente da empresa e da própria empresa. A Petrobras precisa de um novo comando que restaure a credibilidade da empresa e que possa devolver à Petrobras a boa governança, retirando o aparelhamento político", afirmou.

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