PUBLICIDADE
Notícias

Senadores aprovam envio de comitiva parlamentar à Venezuela

21:20 | 25/02/2015
Senadores aprovaram nesta quarta-feira, 25, em plenário, o envio de uma comitiva de parlamentares para acompanhar a situação da Venezuela. O pedido foi apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que presidiu a Comissão de Relações Exteriores até a legislatura passada. O objetivo é verificar in loco a situação no país vizinho, com o estabelecimento de diálogo com membros do Parlamento local, interlocutores representativos das oposições e da sociedade civil, bem como, se possível, com as autoridades venezuelanas.

Senadores da base aliada e da oposição têm criticado em discursos a postura adotada pelo governo brasileiro em relação à crise por que passa o país vizinho. Nessa terça-feira, 24, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), criticou o que considera o "silêncio" e "inaceitável omissão" do governo da presidente Dilma Rousseff em relação ao que considera de escalada do autoritarismo na Venezuela promovida pelo presidente Nicolás Maduro. O tucano havia conclamado o Congresso Nacional a, diante da omissão do governo federal, se manifestar em solidariedade às liberdades democráticas do país vizinho.

A comissão externa será composta pelos senadores Blairo Maggi (PR-MT), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Elmano Férrer (PTB-PI) e Waldemir Moka (PMDB-MS). Os parlamentares vão organizar uma agenda de encontros com autoridades e personalidades da Venezuela.

Ricardo Ferraço argumentou que a Venezuela, como integrante do Mercosul, tem obrigações a cumprir como respeitar a Cláusula de Ushuaia que prevê que "no caso de ruptura da ordem democrática em um Estado-parte do presente protocolo, os demais Estados-partes promoverão as consultas pertinentes entre si e com o Estado afetado".

Segundo Ferraço, nas últimas semanas a escalada de tensões tem sido caracterizada pelo aumento da violência e do acirramento de ânimos. Ele lembrou que, no plano político, houve um acirramento de tensões e radicalização que levaram a prisão do Prefeito eleito de Caracas, Antonio Ledezma, detido por agentes de inteligência em seu escritório particular sob a acusação de "conspirar" contra o governo de Maduro.

TAGS