Rossetto minimiza críticas à perda de influência de corrente majoritária do PT
A composição do ministério provocou queixas no PT. Motivo: Dilma pôs na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo com o Congresso, o deputado Pepe Vargas (PT-RS).
Vargas é da tendência Democracia Socialista (DS), a mesma de Rossetto. Os dois gaúchos farão dobradinha no Planalto. Com a mudança, pela primeira vez desde que o PT assumiu a Presidência, em 2003, a corrente majoritária do partido, intitulada Construindo um Novo Brasil (CNB), ficou sem assento na Secretaria de Relações Institucionais. A CNB é o grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é da CNB, mas Lula e dirigentes do PT o consideram "independente". Mercadante se aproximou tanto de Dilma nos últimos quatro anos que hoje é visto no PT muito mais como "dilmista" do que "lulista".
Ricardo Berzoini, que ocupava a Secretaria de Relações Institucionais, foi transferido para o Ministério das Comunicações. Berzoini é do grupo de Lula. O PT queria Berzoini nas Comunicações para defender a regulamentação da mídia, mas a pasta está esvaziada.