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MPF propõe "Fórum Permanente" pela delimitação oficial do Cocó

Embora reconhecido pela população, Parque do Cocó ainda não foi delimitado oficialmente. Grupo busca subsidiar e cobrar implantação da área

11:08 | 20/01/2015
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Após anos de promessas e sucessivos adiamentos da regulamentação do Parque do Cocó, o Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE) lançou nesta terça-feira, 20, manifesto pelo “Fórum Permanente pela Implantação do Parque Ecológico do Cocó”. A ação reúne cerca de 20 entidades com o objetivo de subsidiar – de forma técnica e jurídica – o governo na delimitação oficial da área.

"O que parte considerável da cidade ainda não sabe é que a grande verdade, no entanto, é outra e parece ser chocante: o que hoje chamamos de Parque Ecológico do Cocó, não existe juridicamente", diz o documento, assinado pelo procurador-chefe do MPF-CE, Alessander Sales.

[SAIBAMAIS 3]O documento busca integração e proteção efetiva dos ecossistemas da região com Cocó, “integrando estas áreas ao patrimônio ambiental, cultural, social e econômico” de Fortaleza. Na ação, o procurador reafirma serem “diárias” tentativas de utilização privada dos ecossistemas da região.

Delimitação tardia

Em maio de 2013, o então governador Cid Gomes prometeu delimitação do Cocó até o fim de seu governo. Já em novembro de 2014, ao ser cobrado sobre a questão, desconversou: “Você conhece uma cerca que tem lá (no Cocó)? Aquilo não demarca espaço? (...) Não há nenhuma demarcação maior do que uma cerca”.

Em janeiro deste ano, o novo secretário de Meio Ambiente do Estado, Artur Bruno (PT), disse em entrevista que delimitar o Cocó é "prioridade" da gestão Camilo Santana (PT).  "A nossa primeira prioridade já nas políticas públicas ambientais é justamente regulamentar o Parque", disse Bruno.

A área tem sido foco de diversas polêmicas na esfera pública, incluindo a derrubada de árvores do parque para construção de viadutos. Na última semana, o MPF obteve decisão judicial favorável que impede construção de condomínio na área. 

Redação O POVO Online
com informações do MPF-CE
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