Ex-prefeito de Campo Grande é réu por aterro irregular de R$ 4,9 mi
A Justiça Federal aceitou a ação de improbidade em dezembro do ano passado, e a informação foi divulgada nesta sexta-feira, 23, pela Procuradoria. Segundo a decisão judicial, um relatório da Controladoria-Geral da União apontou fortes indÃcios de que, durante o processo de licitação destinado à contratação de empresa para implantação do aterro sanitário, 'houve direcionamento/favorecimento da vencedora Anfer Construções e Comércio Ltda.'.
A CGU apurou também que houve superfaturamento de R$ 114.474,23 nos itens pagos à empresa. A obra, iniciada em 2006, teve o custo total estimado em R$ 4.926.771,24. Paralisada durante três anos e meio, ela foi inaugurada mesmo estando inacabada. A investigação do MPF baseou-se em relatórios da Controladoria-Geral da União, PolÃcia Federal e Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Se forem condenados, todos estarão sujeitos as sanções estabelecidas na Lei da Improbidade Administrativa, que prevê ressarcimento integral do dano aos cofres públicos, perda da função pública, suspensão dos direitos polÃticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar com o poder público ou receber benefÃcios ou incentivos fiscais ou creditÃcios, direta ou indiretamente.
Nelson Trad Filho foi terceiro colocado nas eleições de 2014 para governador do Estado. O peemedebista teve 16% dos votos no primeiro turno. Ele foi prefeito de Campo Grande por duas vezes, entre 2005 e 2012. Procurado, o advogado de Nelson Trad Filho afirmou que �não há improbidade alguma�. A Anfer informou que somente o advogado da empresa poderia falar sobre o caso. Ele não atendeu às ligações da reportagem.