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PT vai indicar Arlindo Chinaglia para presidência da Câmara

18:10 | Dez. 10, 2014
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A bancada do PT decidiu na tarde desta quarta-feira, 10, indicar o nome de Arlindo Chinaglia (SP) para concorrer contra o peemedebista Eduardo Cunha (RJ) à presidência da Câmara dos Deputados. A indicação ainda será submetida aos partidos aliados da sigla antes de ser oficializada.

O partido pretende aprofundar as conversas que já vinham acontecendo com PROS, PCdoB, PDT, PHS e PEN até a próxima semana. Também estão no radar dos petistas partidos de fora da aliança, como PSOL. Chinaglia acredita que seu nome poderia atrair apoio até do PSDB. "Acho que vou ter votos da oposição também", avaliou. A expectativa é que seu nome seja lançado antes do início do recesso parlamentar.

No encontro, também foram levantados os nomes de Patrus Ananias (MG), José Guimarães (CE) e Marco Maia (RS), mas ninguém se manteve na disputa. "Não havia clima de competição", relatou o líder Vicentinho (SP).

Os petistas criticaram a antecipação de uma disputa que só terá seu desfecho em fevereiro, quando os novos parlamentares assumirão seus mandatos. A preocupação era lançar um nome para contrapor a candidatura de Cunha - que já está em campanha aberta - e que agradasse aos aliados, por isso foi cogitado até o apoio a algum candidato de outra sigla aliada. "Sacode, sacode e não surge nenhum outro nome mais forte que não seja do PT", resumiu Guimarães enquanto acontecia a reunião da bancada.

O apoio à candidatura Júlio Delgado (PSB-MG) - relator do processo que culminou com a cassação do ex- petista André Vargas (PR) - foi descartada, principalmente depois que o partido se colocou na oposição. "Está fora de cogitação", enfatizou Guimarães.

Alguns petistas sugeriram que o diálogo em torno da efetivação da candidatura do PT abrangesse também o governo, mas Chinaglia acredita que ainda não é a hora de estabelecer essa conversa para "não misturar as estações". O petista falou no desafio de fortalecer o Parlamento e ainda elogiou a proposta de Cunha para construção do Anexo 5. Segundo ele, ao final de sua gestão (2007-2008) na presidência da Câmara, foi deixado recurso para o empreendimento que não saiu do papel.

Chinaglia evitou polemizar com Cunha. "Não vou colocar o Eduardo no centro da nossa campanha", respondeu.

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