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PT na Câmara deve lançar candidato nas próximas semanas

17:15 | Nov. 13, 2014
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A bancada do PT na Câmara decidiu em reunião nesta quinta-feira apresentar nas próximas semanas um nome às demais legendas aliadas para disputar a presidência da Casa e enfrentar o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Com a desistência de Marco Maia (RS), o deputado Arlindo Chinaglia (SP) passa a ser o favorito do partido a entrar no pleito.

A ideia do partido é costurar um arco de alianças com as siglas da base e tentar isolar Cunha, que é um desafeto do Palácio do Planalto desde que comandou o chamado "blocão" - rebelião que impôs duras derrotas ao governo no início deste ano.

O Palácio do Planalto conta com a reforma ministerial para evitar que deputados do PR, PP e PSD embarquem no projeto do peemedebista. Além disso, lideranças do PT iniciaram conversas com o PTB e acreditam que é possível trazer ao menos parte dos petebistas para o candidato do governo. "Temos de agir e produzir um acordo em torno de um candidato. Essa fase é de sondagens", argumentou Chinaglia.

Outros nomes ventilados hoje como possíveis candidatos para a eleição da Mesa Diretora são os do deputado José Guimarães (CE) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Patrus Ananias (MG). "A bancada está cada vez mais convencida de que teremos uma candidatura nossa", disse o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP). "Será uma candidatura para dialogar com as outras forças partidárias", completou.

A data sobre quando o PT deve apresentar seu candidato ainda divide a bancada. Houve quem defendesse que um nome fosse ungido ainda hoje, mas prevaleceu o entendimento, com o aval do Planalto, de que era melhor esperar para que o escolhido não virasse "vidraça". A bancada petista deve propor seu candidato nos próximos 15 dias.

Cientes de que Cunha será um oponente duríssimo a ser batido, a cúpula do partido trabalha para evitar brigas internas. Nesse sentido, Chinaglia é o favorito por ter bom trânsito nos demais partidos aliados e até mesmo na oposição. "Temos de buscar um pacto interno para não ter disputa e fazer uma concertação pela unidade", disse o deputado Paulo Teixeira (SP).

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