Lula critica The Economist por pedir voto em Aécio
"Essa revista teve a pachorra, a desfaçatez de fazer uma matéria dizendo que o povo brasileiro deveria votar no Aécio", disse Lula sobre a The Economist. "Será que essa revista é imbecil? Se os banqueiros querem votar no Aécio, tudo bem. Eles são livres. Mas a Dilma não é a candidata dos banqueiros, do FMI (Fundo Monetário Internacional), do especulador", afirmou o ex-presidente em discurso. "Apesar dessa minha aparência de 30, faço 69 anos no dia 27 (dia seguinte à eleição). Aqueles que gostam de mim, me deem de presente a eleição de Dilma", pediu.
Lula voltou a afirmar que Aécio teria sido violento com Dilma ao chamá-la de leviana no debate do SBT. "Eu fui candidato cinco vezes, vocês nunca me viram na TV ser agressivo com alguém. Essa grosseria é de filhinho de papai", acrescentou.
Ele repetiu críticas ao seu antecessor na Presidência, Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Quando um homem estudado como o FHC, grande sociólogo, fala que quem vota na Dilma é ignorante, é porque ele não conhece mais o Brasil. Porque no Brasil do tempo dele, as pessoas passavam fome". O petista disse ainda ter mandado o FMI "para a casa do chapéu", afirmou que Dilma "vai ganhando as eleições" até agora e criticou a Rede Globo e a imprensa em geral, que "não mostra coisa boa, só desgraça".
O ex-presidente fez o desfile em carro aberto acompanhado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e do candidato derrotado no primeiro turno na eleição para governador, o senador Lindbergh Farias (PT), entre outros políticos. Apesar de apoiar Marcelo Crivella (PRB) no segundo turno, Farias não estava com adesivo de seu candidato - ao contrário de Paes, que não aderiu ao chamado "Aezão" e, além de pedir votos para Dilma à Presidência, exibia dois adesivos de Pezão na camisa. Houve muitas provocações entre os militantes de Crivella e Pezão, mas sem confronto. Os dois candidatos não participaram da agenda, mas suas bandeiras estiveram presente por todo o percurso, de cerca de 200 metros.
O ex-presidente tem outra agenda marcada para esta tarde, em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Segundo seus assessores, Lula volta hoje a São Paulo e não deve acompanhar Dilma no debate de amanhã, da TV Globo.
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