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João Alfredo aponta grupo de extermínio e cobra investigação de jovem encontrado morto

João Alfredo afirmou que cobrará formalmente à Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSPDS) que investigue o caso
13:55 | Out. 29, 2014
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Tipo Notícia

O vereador João Alfredo (Psol) cobrou nesta quarta-feira, 29, que seja investigado o assassinato do jovem Anderson Lopes da Silva, 18, encontrado morto no início deste mês. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o vereador apontou possível atuação de grupo de extermínio no caso. Segundo testemunhas, o jovem teria sido acusado de suposta tentativa de furto.

“Ainda que se fosse um ladrão ele teria que responder formalmente. Esse caso está sob a responsabilidade do Estado e nós queremos que seja apurado se existe um grupo de extermínio que está atuando na clandestinidade. Se existir uma rede de extermínio, que se desbarate”, disse o parlamentar.

[SAIBAMAIS 1]João Alfredo afirmou que cobrará formalmente à Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSPDS) que investigue o caso. Ele também irá pedir que a investigação seja acompanhada pelo Ministério Público e comissões de Direitos Humanos da Assembleia e da Câmara.

Assassinato

O corpo do jovem desapareceu em 28 de agosto. O corpo foi encontrado com um tiro na cabeça em 6 de outubro, mas só foi identificado após exame forense concluído quarta passada. “Espero por Justiça. Passei dois meses procurando meu filho e só encontrei ossos”, diz a mãe do jovem, Alcione de Araújo Lopes, 40.

Segundo ela, o jovem desapareceu após ela pedir que ele fizesse um saque na conta da família. O jovem teria ido então a um supermercado Estrela, onde foi acusado de tentar furtar uma moto. Alcione diz que foi informada que o filho foi por um segurança do supermercado, policial afastado. Na época, o chefe da segurança do local negou envolvimento de funcionários no caso.

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"Isso é o que denunciamos como extermínio da juventude pobre e negra. É como se tivéssemos no Brasil uma pena de morte não institucionalizada. Nos países que têm pena de morte, aqueles que são sentenciados têm direito de defesa. Aqui não, aqui a pena é sumária: sem investigação, sem direitos", disse.

Redação O POVO Online

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