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CUT sugere que rivais do PT vão acabar com 13º

09:10 | Set. 27, 2014
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Centrais sindicais ligadas ao PT sugeriram ontem (26) que os adversários da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, representam ameaça de fim dos direitos trabalhistas, como 13.º salário e férias, apesar de nem Marina Silva (PSB) nem Aécio Neves (PSDB) afirmarem que, se eleitos, vão suprimir direitos dos trabalhadores. Em atos organizados em São Paulo, a ameaça foi feita em cartazes e discursos de sindicalistas que se revezavam ao microfone.

Organizadas por centrais como a CUT, Força e UGT no centro, no Brás, na Estação Tamanduateí e na porta de fábricas em São Bernardo do Campo, as mobilizações tiveram como mote a frase "nem que a vaca tussa", dita por Dilma na semana passada para reforçar a afirmação de que, se reeleita, não iria fazer alterações nas leis trabalhistas.

A petista discursava em Campinas no sábado quando fez críticas ao plano de governo de Marina, que sinaliza para uma atualização das leis trabalhistas. Apesar de o texto apresentado pelo PSB não citar quais seriam estas atualizações e Marina afirmar que não significarão retrocesso aos direitos já garantidos, a campanha petista passou a sugerir que a adversária iria suprimir direitos.

"Eu não mudo direitos na legislação trabalhista. O que nós podemos fazer, por exemplo, no caso da lei do menor aprendiz, nós fizemos adaptações. Agora, lei de férias, 13º, fundo de garantia, hora extra, isso não mudo nem que a vaca tussa", disse Dilma na ocasião. O mesmo tom foi usado ontem (26) em cartazes e nos discursos de sindicalistas que se revezavam ao microfone durante caminhada por ruas no centro de São Paulo, com cerca de 200 militantes, segundo organizadores.

Crença

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que há razões pata acreditar que tanto Marina quanto Aécio representam ameaça aos direitos trabalhistas. O sindicalista disse que Aécio era presidente da Câmara dos Deputados quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) propôs alterações no artigo 618 da CLT, para que acordos prevalecessem sobre a legislação. O projeto passou na Câmara, empacou no Senado e foi arquivado em 2003.

"Nós da CUT somos favoráveis à negociação, mas não assim, sem nenhum amparo jurídico e legal. Então, quando afirmo que, se Aécio for eleito, vai atentar contra os direitos fundamentais da classe trabalhadora, inclusive férias e 13º, pega o 618 que estava contido lá", disse.

O sindicalista afirmou que Marina também é uma ameaça porque hoje ela está assessorada por economistas que apoiavam ou atuaram no governo tucano, referindo-se a Eduardo Giannetti e André Lara Resende. "(Eles) são os ideários econômicos do famigerado programa da Marina. Não estou contando mentira, estou contando história", afirmou Freitas.

Presente ao ato no centro, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, disse que os trabalhadores faziam uma critica à postura de presidenciáveis que falaram em rever a CLT. Segundo ele, qualquer revisão na legislação trabalhista representa risco de fim de direitos dos trabalhadores. "Mexer na CLT significa mexer em todos os direitos trabalhistas. A gente não sabe como começa e muito menos como termina." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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