Para Adams, não há fuga patrimonial em doação de imóvel
A sessão foi adiada após o ministro relator, José Jorge, ser avisado de que o jornal O Globo publicou no seu portal hoje notícia que aponta que Graça e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró doaram imóveis depois da divulgação do caso Pasadena. "Não existe razão que justifique esse adiamento (no TCU) porque o processo já está maturado, já houve o debate", disse Adams. No plenário, ele pediu que os ministros continuassem a votação, mesmo após o pedido de José Jorge para retirar o processo da pauta. "Não há como achar que, eventualmente, se houve uma transferência pontual, houve uma fuga patrimonial. Fuga patrimonial é desfazimento integral do seu patrimônio em favor de laranjas de forma que não possa recuperar", afirmou.
José Jorge disse que a doação de imóveis da presidente da Petrobras e do ex-diretor da área internacional, caso seja confirmada, é algo "gravíssimo. "Se isto for verdade e dependendo da extensão, configura uma burla ao processo de apuração de irregularidade", disse o ministro, após a sessão que adiou novamente a definição sobre o bloqueio patrimonial da presidente da estatal. José Jorge afirmou ainda que irá pedir diligências para apurar a veracidade da notícia.
Advogado
Cerveró doou três imóveis em Ipanema, zona sul do Rio, para parentes 45 dias antes de o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar o bloqueio do patrimônio dele e de outros nove executivos da estatal apontados como responsáveis por um prejuízo de quase US$ 800 milhões com a compra da refinaria de Pasadena, no Texas. O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, confirmou a transferência dos imóveis e garantiu que o ex-diretor ainda tem imóveis em seu nome. Entretanto, não sou informar exatamente o número.
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