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Campos afirma que Nordeste é solução, e não problema

12:40 | Ago. 11, 2014
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O candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, disse nesta segunda-feira, 11, que o Nordeste tem que ser visto por seu potencial de crescimento para o País. "O Nordeste brasileiro tem que ser compreendido não como problema, mas como solução", disse ao participar de sabatina do G1.

Segundo o candidato, a chave para o desenvolvimento da região são os investimentos em infraestrutura. Campos criticou o "abandono" de projetos como a transposição do Rio São Francisco e a construção da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e prometeu acelerar essas obras.

Campos voltou a dizer que é contraditório o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), criado para financiar empreendimentos na região com recursos federais, oferecer juros mais altos que o BNDES.

O candidato mencionou também o Bolsa Família, elogiando o programa e classificando-o como "conquista dos brasileiros", mas afirmou que é necessário ir além, com políticas para educação e avanços na infraestrutura.

Ministérios

Questionado sobre quais Ministérios pretende cortar, se eleito, Campos não respondeu. Apenas repetiu que estuda cortar cerca de metade das atuais 39 pastas.

Disse ainda planejar, em eventual governo, que dois terços dos cargos públicos sejam preenchidos por profissionais de carreira, com intuito de reduzir o custo da máquina pública e destinar recursos a áreas que necessitam, como o Sistema Único de Saúde (SUS).

Conflito de interesse

Campos disse não ver qualquer conflito de interesse em sua mãe, Ana Arraes, continuar como ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) caso seja eleito presidente. Mesmo confrontado com a possibilidade de sua mãe julgar contas de um eventual governo seu, Campos disse não ver necessidade de ela se afastar do cargo de ministra. "Isso não é um problema", disse Campos em sabatina.

O candidato disse que Ana Arraes é "funcionária pública concursada da Justiça" e exaltou ter sido a primeira mulher a vencer a eleição para participar do TCU. Sem chamá-la de mãe, mas tratando-a apenas pelo nome, disse que Ana faz um "trabalho reconhecido" como ministra.

Sobre o tio Marcos Arraes, que detém um cargo na estatal Hemobrás, do governo federal e com participação do governo de Pernambuco, Estado que Campos governou, o candidato disse não ver como um caso de nepotismo. Campos afirmou que, quando o PSB saiu da base do governo federal, pediu aos filiados que deixassem seus cargos. "Ele (Marcos) decidiu não entregar e nós respeitamos a posição dele", disse.

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