Críticas aos governos marcam campanha em MG
Pimentel, no segundo dia de campanha no Café Nice, na Praça Sete, ponto de encontro dos candidatos que fazem campanha em Belo Horizonte, afirmou que, nos últimos 12 anos sob a gestão do PSDB, o governo do Estado foi centralizador, composto de "gênios". O candidato do PSDB a governador de Minas Gerais rebateu, dizendo que os governantes do PT são "autoritários" e que Dilma e Lula são "arrogantes".
O candidato do PT a governador, por sua vez, em outro dia de campanha na semana, ressaltou os efeitos nocivos da taxa alta de inflação. Já Pimentel culpou o governo estadual por "um evidente desentrosamento" entre as Polícias Civil e Militar (PM) de Minas, além de apontar "políticas erradas" na contratação de empréstimos pelo governo mineiro, acarretando um alto endividamento e juros. Além de mencionar um planejamento "malfeito" da expansão do metrô da capital mineira.
Novamente na linha de críticas na esfera federal e estadual, Pimentel criticou a segurança nos municípios e a atuação das estatais mineiras, como a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), especificamente na região de Sabará. Enquanto isso, Pimenta disse que quer um apoio maior do governo federal na fiscalização de fronteiras para combate ao tráfico de drogas e fez uma leve crítica ao "nível" dos profissionais contratados pelos programa Mais Médicos, da administração federal.
Em paralelo, a Justiça Eleitoral do Estado também julgou algumas ações que envolviam os dois candidatos. A mais recente, foi a condenação de Pimenta e do governador Alberto Pinto Coelho (PP) ao pagamento de uma multa de R$ 5 mil. Eles teriam realizado campanha publicitária em propaganda institucional do governo de Minas veiculada em rádios, TVs, internet e jornais impressos antes do período permitido por lei e que sugeriria "a ideia de continuidade do atual governo estadual". Pimenta diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mas as campanhas dos dois principais candidatos ao governo de Minas tiveram pontos em comum. Eles escolheram locais da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para ter contato com o eleitor, alguns ligados a feitos dos dois em suas gestões como prefeitos, como o Aglomerado da Serra, na região metropolitana (Pimentel) e a feira de artesanato da Avenida Afonso Pena, no centro (Pimenta). Além disso, os dois defendem gestões participativas, com grande interferência da população nas ações do Estado. Saúde, Educação e Segurança são temas recorrentes citados pelos dois candidatos, que dizem ter propostas nos planos de governo.
A agenda prévia dos dois candidatos para o fim de semana contempla visitas e caminhadas ainda na região metropolitana da capital mineira. Os assessores de Pimentel adiantaram que ele, a partir desta quarta-feira, 16, fará a agenda fora do entorno da capital mineira, mas que seu vice, Antonio Andrade (PMDB) já está em visitas pelo interior do Estado, para "maximizar a força" da chapa.
Outros concorrentes
Também candidato ao governo do Estado, Tarcísio Delgado (PSB) teve, nesta primeira semana de campanha, somente um encontro público, mas com apoiadores da campanha, na região centro-sul da capital mineira. De acordo com diretório estadual do partido, são realizadas somente reuniões internas para definições da campanha, como marca e diretrizes, mas que na próxima semana uma coletiva será convocada para o lançamento oficial, além dos primeiros eventos de campanha no interior do Estado. A presença do presidenciável Eduardo Campos (PSB) em Minas Gerais, tanto em Belo Horizonte quanto nos eventos no interior do Estado, não está descartada, mas não há confirmação até o momento.
Já a Frente de Esquerda Socialista (PSTU-PSOL), que tem como candidato ao governo Fidélis Alcantara (PSOL), realizou o lançamento da candidatura de Vanessa Portugal a deputada estadual, no distrito de Barreiro. Os outros quatro candidatos registrados no TRE-MG não tiveram agenda pública divulgada.
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