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Meirelles diz que ajudará Skaf com conteúdo econômico

18:10 | Jun. 30, 2014
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O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles recebeu nesta segunda-feira, 30, um convite que, em sua própria definição, o deixou "muito honrado". Na convenção estadual de seu partido, o PSD, que está se aliando no Estado com o PMDB, ele recebeu do candidato desta sigla ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, a indicação para assumir a Secretaria Estadual de Fazenda, caso o presidente licenciado da Fiesp seja eleito nas urnas nas eleições de outubro.

Meirelles destacou que a Secretaria de Fazenda de São Paulo representa um desafio semelhante ao que ele teve quando assumiu a presidência do Banco Central no governo do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva. "Certamente (é um desafio semelhante ao de presidir o BC), em razão da estrutura da Secretaria (da Fazenda) e do Estado (de São Paulo), que é o segundo maior orçamento da União. Não há dúvida que é uma responsabilidade e um convite que fico muito honrado", reiterou.

Questionado sobre a maneira como pretende atuar na campanha de Paulo Skaf, Meirelles afirmou: "Vou participar da minha maneira, como participei da pré-campanha de Gilberto Kassab (que pretendia inicialmente disputar o governo do Estado), vamos ajudar, vamos participar, vamos dar força, vamos dar conteúdo econômico à campanha dele. E, certamente, será uma campanha vitoriosa."

Em razão de seu bom trânsito e respeito no meio financeiro e empresarial, a autoridade monetária do governo Lula chegou a ser disputada pelo candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, para integrar a sua chapa majoritária como vice-candidato. Contudo, por conta do compromisso já assumido pelo PSD com a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Meirelles não pôde aceitar o aceno do presidenciável tucano e passou a ser cotado, quando sua sigla selou aliança com o PMDB em São Paulo, para o cargo de senador.

Indagado sobre a razão de não ter aceitado o convite de Paulo Skaf para disputar o Senado, ele disse: "A mais importante questão foi o meu perfil de atuação e a minha experiência, que é executiva. Conclui que tenho ainda muita energia para fazer aquilo que eu gosto de fazer, aquilo que eu tenho experiência e aquilo que me permitiu servir à população do País, que foi um cargo executivo (o BC). E, portanto, a principal missão que tenho neste momento é esta."

Além da justificativa de que seu perfil está mais voltado para cargos executivos, Meirelles citou também que tem outros compromissos atualmente em sua agenda. "Faço parte de conselhos internacionais, onde represento o Brasil e, portanto, são funções relevantes que eu acho que é melhor manter neste momento."

Na entrevista que concedeu ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ex-BC não quis entrar em detalhes sobre sua avaliação das finanças do Estado de São Paulo. E, bem humorado, disse: "Vamos ter tempo para analisar, depois do convite do Skaf, não posso ficar falando demais a esse respeito."

Sobre a condução da economia do País, que vem sendo criticada pelos adversários da presidente Dilma Rousseff, Meirelles disse apenas: "Isso evidentemente é um momento que estamos enfrentando, de transição, um momento de dificuldade, certamente teremos oportunidade nos próximos meses de discutir isso e de planejar como o Brasil reformula algumas coisas."

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