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Governo vem sendo submetido a pancadaria, diz Carvalho

18:05 | Jun. 18, 2014
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Principal interlocutor do Palácio do Planalto com movimentos sociais, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quarta-feira, 18, que as vaias à presidente Dilma Rousseff no Itaquerão, durante a abertura da Copa do Mundo, não vieram apenas "da elite branca".

Segundo o ministro, o governo federal vem sendo submetido a uma "pancadaria diária" que resultou na vaia à presidente. "Essa pancadaria diária é o que resulta no palavrão para Dilma no Itaquerão. No Itaquerão não tinha só elite branca, não. Fui (ao estádio) e voltei de metrô, não tinha só elite, não, tinha muito moleque gritando palavrão no metrô", afirmou Carvalho, que participou de uma mesa de debate com blogueiros e ativistas no Palácio do Planalto para discutir o polêmico decreto de participação popular.

Dentro do Palácio do Planalto, as vaias à presidente no estádio já eram consideradas certas, mas a agressividade verbal de parte da torcida surpreendeu auxiliares diretos da presidente.

"Essa coisa desceu, (essa coisa) de que nós somos um bando de aventureiros que veio aqui para se locupletar, essa história pegou, na classe média, na elite, e vai descendo, porque não conseguimos fazer contraponto. Esta eleição agora vai ser a mais difícil de todas, porque enfrenta o resultado desse longo processo", disse Carvalho, que defendeu a realização de reuniões mais regulares com movimentos sociais.

Vergonha

O presidente licenciado da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, fez nesta quarta um desagravo à presidente Dilma Rousseff e se disse "envergonhado" pelas ofensas contra ela que vieram das arquibancadas do estádio Itaquerão, durante o jogo de abertura da Copa do Mundo na última quinta-feira, dia 12.

Patah participa de cerimônia hoje no Palácio do Planalto em que a presidente Dilma sanciona um projeto de lei que prevê pagamento extra sobre o salário de 30% para os motoboys e outros trabalhadores que atuam profissionalmente com a ajuda de motocicletas.

"Me senti muito envergonhado, diminuído, quando em duas oportunidades as pessoas usaram palavras de baixo calão", disse o dirigente sindical. "Primeiro é a nossa presidente da República; segundo é a presidente que tem um carinho e amor pelo povo brasileiro", acrescentou.

Pelo episódio da última semana - quando torcedores que assistiam à vitória do Brasil sobre Croácia por 3 a 1 xingaram a presidente -, Patah ofereceu "o carinho da UGT". "Quem é que pensou nos motoboys? Dilma Rousseff. Quem é que pensou nos comerciários? Dilma Rousseff. Quem pensa no povo do Brasil? Dilma Rousseff", concluiu.

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