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Renan adia de novo indicações para a CPI da Petrobras

21:00 | Mai. 06, 2014
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiou em mais um dia o início das indicações para a CPI mista da Petrobras. Em ação combinada com o Palácio do Planalto, ele convocou para a noite desta quarta-feira, 7, uma sessão do Congresso em que deve pedir que os líderes escalem seus representantes. Renan, contudo, já está ciente de um recurso que o PT vai apresentar na tentativa de protelar ainda mais a instalação da CPMI.

Em paralelo, o senador prometeu escalar os representantes que ainda faltam para viabilizar a CPI exclusiva do Senado caso a oposição se negue a fazer as indicações até quarta-feira, quando vence o prazo regimental. "O prazo se encerra dia 8. Depois disso, o presidente se obriga a indicar no prazo de três sessões, o que exercerei no limite", afirmou Renan ontem no plenário.

O Palácio do Planalto admite a dificuldade de impedir a CPI mista, mas ainda vai apelar para mais uma cartada. Na sessão desta terça, governistas vão alegar a questão da "prevalência" para sustentar que terá poder de investigação a CPI que começar os trabalhos primeiro - tanto a comissão exclusiva do Senado, quanto àquela que conta com a participação dos deputados se propõem a investigar o mesmo objeto. Com base nesse argumento, a ordem agora é correr para colocar em prática o mais rápido possível a CPI do Senado, onde a base governista, mais fiel, proporciona um ambiente mais favorável.

A questão de ordem que deve ser encabeçada pela senadora Gleisi Hoffmann pode atrasar isso. O recurso a ser apresentado pela ex-ministra da presidente Dilma Rousseff chegou ao conhecimento de Renan na noite de segunda-feira, 5, quando ele estava reunido com a cúpula peemedebista. Na ocasião, a petista mandou entregar o documento que preparou.

Embora Renan tenha prometido para oposicionistas, que estiveram com ele na tarde desta terça, solicitar as indicações para compor a CPI mista ainda nesta quarta, o recurso pode levá-lo a usar uma manobra protelatória. Regimentalmente, o presidente do Senado pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e, com isso, ganhar mais algumas semanas de prazo.

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