Líder diz que DEM manterá obstrução na Câmara
"Nosso partido vai iniciar hoje o processo de obstrução para que o parlamento se dedique à CPI. Há tentativas do governo de desviar o foco, de tentar tumultuar o processo incluindo outros temas e nós vamos insistir no foco na Petrobras, que só no caso de Pasadena teve um prejuízo de US$ 1 bilhão", afirmou. "O governo quer agora usar a pauta da Câmara para tentar tirar os holofotes da CPI."
A compra da refinaria de Pasadena teve o voto favorável da presidente Dilma Rousseff, conforme revelou o Estado. A presidente disse que tomou a decisão com base em um parecer técnico e juridicamente "falho" e com "informações incompletas". A CPI em debate se propõe a investigar também denúncias de pagamento de suborno a funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, a construção de refinarias e a entrada em funcionamento de plataformas inacabadas.
Mendonça Filho afirmou ainda que a revelação feita pela edição desta segunda-feira do jornal O Estado de S. Paulo, de que o doleiro Alberto Yousseff intermediou doações eleitorais, levantam suspeitas sobre "abuso de poder político" dos partidos mencionados: PP e PMDB. "Essas doações são legais? Podem ser na formalidade, mas é preciso investigar porque não se pode fazer uma relação entre doações e a liberação de recursos de obras da Petrobras. Isso seria um abuso de poder político", afirmou.
A obstrução do DEM pode comprometer o esforço concentrado anunciado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ele pretendia realizar votações ao longo da semana, incluindo hoje, para limpar a pauta das três medidas provisórias que a trancam e aprovar projetos populares, como a regulamentação da PEC que garantiu direitos às empregadas domésticas.
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