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Oposição conta com dissidências na base aliada

20:30 | Mar. 20, 2014
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Com a dificuldade que o regimento da Câmara impõe para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras, a oposição conta com dissidências na base aliada, sobretudo no PMDB e PR, para que a comissão externa aprovada pela Casa atue contra o Palácio do Planalto. Como primeiro foco, os oposicionistas querem levar o caso da refinaria de Pasadena para o colegiado, criado para investigar apenas a suspeita de pagamento de propina a servidores da Petrobras pela holandesa SBM.

O deputado Carlos Sampaio (SP), indicado pelo PSDB, cita jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre CPIs para defender a ampliação do foco. "Existe uma conexão clara entre o caso que vamos apurar na Holanda e este da refinaria de Pasadena", diz o tucano.

Escolhido por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para coordenar o colegiado, Maurício Quintella Lessa (PR-AL) foi um dos autores de uma CPI protocolada no ano passado que desejava investigar Pasadena. "Ninguém mais do que eu deseja investigar essa questão de Pasadena, que venho denunciando há um ano", disse.

A comissão terá oito membros, além do coordenador. Três são de partidos de oposição e cinco da base. As indicações, porém, já mudaram o jogo no colegiado a favor da oposição. Lúcio Vieira Lima (BA) foi o escolhido pelo PMDB. Ele é um dos expoentes da ala rebelada que enfrenta o Palácio do Planalto e é adversário político do ex-petista José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e atual secretário de Planejamento da Bahia.

O PR optou por Anthony Garotinho (PR-RJ). Ele é contado como apoiador do governo, mas afirma que deseja levar a investigação a fundo e considera possível abordar o caso de Pasadena. Até agora, só o PP indicou aliado tido como 100% fiel ao governo, Mário Negromonte (BA). PT e PSD não apresentaram seus nomes. Pela oposição, além de Sampaio, participarão Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Fernando Francischini (SDD-PR).

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