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GDF gasta R$ 1,4 mi com a despensa de Agnelo Queiroz

19:10 | Fev. 21, 2014
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Mais de 21 toneladas de carne, como filé mignon, picanha, coxão mole, camarão grande, médio, sem cabeça, bacalhau do porto, pato, hambúrguer, badejo, atum, filhote em postas serão compradas este ano para abastecer as despensas do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Também serão comprados 360 caixas de ovos de codorna, cada uma com 30 unidades, 312 pacotes de canela em pau, tapioca, iogurte natural e cremoso e todo tipo de alimentos, num total de 464 itens, conforme pregão fechado na quinta-feira, 20, pela Casa Civil do governo de Brasília.

Ao todo, os gastos com a alimentação do governador e de seu staff serão de R$ 1,4 milhão. O valor a ser pago ao longo do ano é 18% maior que o previsto na licitação do ano passado.

As exigências para os 840 pacotes de café são curiosas. De acordo com o edital, terá de ser café torrado e moído do tipo superior, de primeira qualidade, em pó homogêneo, constituídos de grãos tipo 6 COB, com no máximo 10% em peso de grãos com defeitos pretos, verdes e ou ardidos (PVA) e ausente de grãos preto-verdes e fermentados. Terá de ter gosto de café arábico e laudo de avaliação emitido por laboratório credenciado nos Ministérios da Saúde ou da Agricultura, realizado há no máximo 3 meses a contar da data de entrega do café.

O governo do Distrito Federal informou que a quantidade de comida é calculada com base no consumo do ano anterior. Porém, as compras só são feitas na medida em que surge a necessidade. Em nota, o governo explicou que, além do governador, da família dele e das autoridades que frequentam a residência, um staff de 70 funcionários se alimenta ali.

Segundo o governo de Brasília, em 2013 foram servidas 123,3 mil refeições na residência, média de 338 por dia, ao custo unitário de R$ 9,74. Este ano, mantida a mesma quantidade, o valor será de R$ 11,55.

O governo do Distrito Federal justificou que "as alterações de itens e quantitativos em relação ao processo licitatório do ano anterior encontram justificativa no fato de que Brasília será uma das sedes da Copa do Mundo este ano, o que levou o GDF a, preventivamente, adotar medidas para recepcionar autoridades e delegações estrangeiras na capital federal".

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