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Simon critica decisão de Janot sobre voos executivos

16:54 | 24/09/2013
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou nesta terça-feira, 24, a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de garantir aos procuradores dos quatro ramos do Ministério Público da União (MPU) direito de viajar ao exterior em classe executiva, espaço com mais conforto aos passageiros nas aeronaves. A medida, que foi tomada um dia após a posse de Janot e publicada no Diário Oficial da União na semana passada, contempla cerca de 2,1 mil integrantes do MPU.

"Cá entre nós, a primeira medida do procurador-geral não precisava ser essa", afirmou Pedro Simon, em discurso no plenário do Senado. Conforme revelou na noite desta segunda-feira, 23, o Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, a decisão diferencia os procuradores dos demais servidores do órgão. Na maioria dos casos, os funcionários comuns terão direito a viajar de classe econômica, enquanto que os procuradores, de executiva.

O senador peemedebista, que fazia um pronunciamento elogioso a uma entrevistada dada por Janot no final de semana, leu a maior parte da reportagem ao final do discurso. Simon se mostrou surpreso com o comentário feito pelo subprocurador-geral da República Brasilino Santos favorável ao uso da classe executiva de que "ou é um procurador ou é um descamisado".

"Não creio que se diga que classe executiva seja classificação de ordem de dignidade e de seriedade", comentou Simon. Ele disse que "com a maior tranquilidade" espera que Janot tome as providencias cabíveis para discutir com sua equipe o que fazer diante de uma notícia como essa.

Em entrevista ao Broadcast Político, o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que, como parlamentar, voa com passagens sem quaisquer privilégios. Ele defendeu "É um momento de dar exemplo", disse o tucano. "Se for viajar em classe executiva com recursos próprios, tudo bem. Mas pago com recursos públicos não dá", completou.

Assim como o tucano, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), também considerou que não vê necessidade de se ter como "regra geral" o uso de voos executivos. Ele disse que exceto em casos especiais, como viagens longas e uma agenda para cumprir logo em seguida.

"O procurador-geral deve ter suas razões. Agora, no Parlamento e em outras áreas, isto é irrelevante (usar passagem executiva para voos aos exterior). O normal é que você possa viajar como outros passageiros", afirmou.

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