Oposição classifica de 'nefasta' decisão do STF
Nesta quarta à tarde, com o voto do ministro Celso de Mello pela validade dos embargos infringentes, o STF decidiu que terão direito a uma nova avaliação do processo aqueles que tiveram no mÃnimo quatro votos a favor durante o julgamento realizado no ano passado. Isso contempla o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o ex-presidente do PT, deputado José Genoino, o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e o publicitário Marcos Valério, entre outros. O placar terminou 6 votos a 5 por um novo julgamento.
O lÃder do DEM, para quem a recente decisão "tira a esperança do povo brasileiro", manifestou ainda preocupação de que um novo julgamento resulte na prescrição de crimes e na diminuição das penas impostas aos condenados no mensalão no ano passado.
Já para o lÃder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (SP), a manifestação do STF demonstra "que o paÃs da impunidade é o Brasil". Em nota divulgada pela liderança do partido na Câmara, o deputado classificou ainda a decisão de "duro golpe contra a credibilidade da Justiça". "Como haverá um novo julgamento, que poderá reduzir penas, os deputados condenados vão acabar conseguindo completar o mandato sem uma punição definitiva. As prisões também serão postergadas", disse Bueno.